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O prefeito de Dois Vizinhos, Raul Isotton (Sem Partido), também ressaltou que, como de praxe, a administração fazia planejamentos anuais de trabalhos e obras a serem realizadas. Em 2020, no entanto, a pandemia de coronavírus está alterando todo o cronograma. “Precisamos de cuidado, responsabilidade. Os dados são monitorados semanalmente porque não queremos entregar um município com déficit. Esse é o nosso jeito de trabalhar. Estamos cortando obras, tanto é que tenho uma licitação de câmeras de monitoramento e é possível que a gente aborte ou reduza o projeto até saber se vamos ter dinheiro ou não. As câmeras são uma necessidade? Sim, mas podemos deixar mais pra frente. Tudo mudou com essa queda de arrecadação”, avaliou.
Somente com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre janeiro e abril, a baixa foi superior a R$ 1 milhão. Em maio, no entanto, a baixa chegou a R$ 1,3 milhão. “São quase R$ 2,4 milhões perdidos com o ICMS em relação a 2019”, lamenta o prefeito. A expectativa é receber o auxílio de R$ 4 milhões do Governo Federal. “A primeira parcela deve vir nessa semana, mas se continuarmos perdendo R$ 1 milhão por mês, nos próximos seis meses, só com o ICMS, vai ficar complicado. Por isso, o planejamento passa a ser semanalmente”, explica.
Mais baixas
Outros dois impostos também tiveram quedas substanciais: o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) teve queda de aproximadamente R$ 1 milhão e o Imposto sobre Transmissão de Bens (ITBI), cobrado nas transações imobiliárias, também deve deixar de arrecadar R$ 1 milhão. “Em 2018 e 2019 tivemos anos bons e, se 2020 mantivesse o ritmo, estaríamos tranquilos. Essa queda de arrecadação vai gerar menos obras, serviços, enxugamento de máquina”.
