Regional
A Romano Frutas, instalada às margens da PR 180, em Eneas Marques, é uma história de sucesso. A história começou com Juvelino Romano, na década de 1980, e tem continuidade com os filhos Mauro e Moacir Romano.
A empresa hoje conta com frutaria e atacadista que atende supermercados da região e Foz do Iguaçu. Mauro deu entrevista para o JdeB onde falou um pouco sobre a empresa.
JdeB – Conte um pouco da história do teu pai que começou com essa atividade de fruticultura em família e que se mantém hoje com você e o Moacir.
Mauro – Começou em 1989 quando na época nós ainda era praticamente crianças, tivemos a ideia de montar a fruteira na beira da estrada que, com os anos, veio crescendo e devido ao aumento da clientela e da demanda, foi aumentando as instalações, emendando um pedaço aqui outro ali, ao chegar ao ponto de não ter mais como. As estruturas estavam muito precárias. Então foi feito essa construção nova da fruteira que são 700 metros² de área construída para melhor atender todos os clientes. E com o tempo, em 97, foi comprada a primeira “caminhonetinha” e foi começado puxar frutas do Rio Grande do Sul e de lá pra cá viemos investindo mais no atacado e, que vem, graças a Deus, crescendo bastante a venda e a demanda. Hoje são mais de 1.700 metros² de área construída no atacado e contando com uma frota de 13 caminhões e caminhonetas para transporte e entrega das frutas. Hoje temos muitos clientes em várias cidades, inclusive a gente atende a rede Ítalo em Foz do Iguaçu. São quatro lojas lá e muitos clientes aqui na região. Beltrão a gente atende praticamente todos os mercados, atendemos em Dois Vizinhos, Ampere, Eneas Marques, Marmeleiro, São Lourenço do Oeste. Graças a Deus vem crescendo bastante o ramo e o povo também está consumindo bem mais frutas e a venda vem aumentando bastante.
E vocês foram ampliando o atacado, e hoje vocês compram frutas de muitos produtores, como que é esse contato? Por que são duas pontas, uma onde você pega o produto e outra onde você entrega?
A nossa maior fonte produtora é o Rio Grande do Sul. Desde 97 a gente traz frutas de lá pra cá. Tenho vários produtores desde o primeiro ano que eu desci pra lá e continuam sendo nossos fornecedores. E, através deles, outros vieram a ser parceiros. Hoje, graças a Deus, a gente tem que dispensar produtores porque um fala com o outro e eles acabam ligando pra gente oferecendo produtos. Claro que, com o aumento da venda, a gente tem comprado de mais produtores, mas não consegue comprar de todo mundo porque a produção lá é grande. A gente puxa fruta o ano todo, um tipo de fruta e outro tipo tem sempre a produção lá. Temos parcerias também no Mato Grosso do Sul e aqui no Paraná também. Em Nova Prata do Iguaçu temos uma grande parceria, temos abacaxi em São Paulo. De Santa Catarina a gente compra maçã, pêssego, vários produtos, mas o fornecedor forte mesmo é na região de Caxias do Sul, Farroupilha, Montenegro, Vacaria.
A questão da qualidade do produto que chega até vocês como que é?
Com essas parcerias que a gente tem, conseguimos manter uma qualidade um tanto melhor, porque se for um produtor que não produz com qualidade, a gente já não compra, a gente consegue manter uma qualidade um pouco superior por causa disso. Hoje, a gente compra bastante fruta do pé, sem classificar nem nada. Mas hoje nós temos a máquina que faz a classificação do pêssego. Hoje estamos trabalhando o forte na maçã. Compramos maçã e pêssego de lá, sem classificar. Traz pra cá e coloca na máquina. A máquina que a gente tem, entra a fruta bruta, é lavada, escovada, classificada por peso para ir ao supermercado. Então, com isso, a gente consegue melhorar bastante o padrão de qualidade e trabalhar com uma margem um pouco melhor porque a gente mesmo faz o beneficiamento das frutas [antes da entrega aos mercados].
