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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Samu: Ciruspar pleiteia aumento nas parcelas; prefeitos aprovam só o repasse de 12%

 Em reunião do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgência-Emergência do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), na última quinta-feira, 26, na Amsop, em Francisco Beltrão, os prefeitos da região rejeitaram o pedido para que fosse aumentado o valor do repasse mensal per capita (por pessoa) dos 42 municípios a partir de 2016. O prefeito Álvaro Valério (PSDB), de Clevelândia, que preside o Ciruspar, e vários outros prefeitos não compareceram à assembleia.
A coordenadora administrativa do Ciruspar-Samu, Kelly Custódio dos Santos, fez a prestação de contas das receitas e despesas e dos repasses de valores ao longo deste ano. Mas o principal tema da reunião foi a proposta de aumento no valor das mensalidades para o próximo ano. Kelly apresentou a proposta de aumentar de R$ 0,95 per capita, por município, para R$ 1,63. 
Vários prefeitos que estavam na reunião se manifestaram contrários à proposta de aumentar os valores das mensalidades que são usadas para manter o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). No final, os prefeitos rejeitaram o pedido de aumento e aprovaram o reajuste de 12% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).  
O prefeito de São João e presidente da Amsop, Altair Gasparetto Vadeco (PSDB), justificou os motivos para rejeitar o pedido do Ciruspar. Ele observou que os consórcios estão sobrecarregando os municípios. Lembrou que o Hospital do Câncer/Ceonc, de Beltrão, também pediu aumento nos valores, e que os valores das mensalidades pagas pelas prefeituras ao Hospital São Francisco, de Beltrão, foram aumentados, em 2015, por meio de negociação conduzida pela comissão de saúde da Amsop. 
“Deste valor de R$ 0,95 per capita, sem o repasse do aumento do governo federal e governo do Estado passaria a R$ 1,63, então um aumento de mais de 60%, os municípios não têm condição de estar pagando. O que nós fizemos: foi aprovado os 12% que vai dar [o índice] aproximado do INPC de 2015 e depois disso a gente vai estar trabalhando com o governo estadual e governo federal, tentando buscar os recursos, porque infelizmente os municípios não conseguirão mais estar trabalhando e atendendo com o Samu, enfim, com os vários convênios que os municípios têm, infelizmente se torna difícil, e as receitas dos municípios não estão aumentando com toda essa inflação”. 
Hélio Alves (PDT), prefeito de Ampere e vice-presidente do Ciruspar-Samu, lembrou que quando foi pra instalar o Samu no Sudoeste, em 2012, “autoridades prometeram que o custeio seria de 50% do governo federal, 25% do Estado e 25% nós dividiríamos os custos entre todos os 42 municípios. Na época nós começamos pagando em torno de R$ 0,60 e hoje está em R$ 0,94 e o Estado e a União não reajustaram o repasse deles, então tá caindo para as prefeituras”. Ele disse que o Ciruspar tem economizado muito, “mas não dá para só as prefeituras arcarem com as despesas”. O prefeito destacou que as prefeituras têm despesas muito altas com a saúde, pagam as mensalidades do Ciruspar/Samu, para manter o serviço de emergência do Hospital São Francisco, mantêm ônibus e vans que levam toda semana pacientes para atendimento em hospitais de Curitiba e Cascavel, mantêm as casas e pensões para abrigar os pacientes na capital e as casas-lar que acolhem crianças que foram retiradas da situação de vulnerabilidade social. “Tudo isso tem um custo muito alto para as prefeituras”, observou.

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