Regional
A nova proposta de concessão das rodovias do Paraná foi apresentada pelo secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, durante reunião das diretorias da Ocepar e da Fecopar. Ele fez questão de destacar que, caso o Paraná, em conjunto com o governo federal, escolha pelo modelo híbrido, combinando o pagamento de outorga e tarifa, os valores atuais podem cair entre 40% e 45%. “As decisões sobre o preço dos pedágios nas novas concessões ainda estão em aberto, mas a determinação do Ministério da Infraestrutura foi de que o edital estabelecesse que deveriam ser, no mínimo, 20% mais baratas do que as atualmente praticadas. Caso a escolha das concessionárias seja por modelo híbrido, como vem sendo aventado, combinando o pagamento de outorga e tarifa, os valores podem cair mais ainda, entre 20% e 25%. Na prática, significa que os valores a serem cobrados dos motoristas podem chegar a ter desconto de 40% a 45% sobre o que vem sendo cobrado atualmente no Anel da Integração e com investimentos de aproximadamente R$ 80 bilhões em 30 anos. Isso tudo está sendo debatido com entidades como Ocepar, Faep, Fiep, Fetranspar, entre outras. A quantidade de obras propostas impacta diretamente nos valores a serem cobrados”, disse Sandro Alex.
Contraponto
Já o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) defende a ampliação do debate do novo modelo para que as novas concessões, previstas para 2022, não prejudiquem os paranaenses. “O problema concreto é que estamos no fim desse período de concessão do pedágio, que termina em novembro de 2021. O governo federal já adiantou que vai fazer uma nova concessão das rodovias no Paraná, com um modelo que repete o anterior, de concessão onerosa. Isso é muito prejudicial aos paranaenses como já foi comprovado pelos atuais contratos”, aponta Romanelli. Pelas atuais concessões de pedágio, esclarece Romanelli, à época da assinatura dos contratos, as 26 empresas fizeram um acordo, no qual reduziram a obrigatoriedade da manutenção de três mil quilômetros de rodovias vicinais, que não têm pedágio, mas que dão acesso ao chamado Anel de Integração (conjunto de rodovias pedagiadas). “Pelo acordo, essas empreiteiras reduziram de três mil para 300 quilômetros. Foi uma grande maracutaia, um conluio, esse acordo”, acusa. O novo modelo de pedágio prevê a privatização de 3,8 mil quilômetros de rodovias, que serão divididos em oito lotes, cada um com cerca de 500 quilômetros.