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Francisco Beltrão
sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.225

13/06/2025

Seab investiu quase R$ 30 milhões em calçamentos em 2015

 

Estrada rural em processo de pavimentação em Verê: Um exemplo dos investimentos da Seab em obras de calçamento.

 

Por Rubens Anater
A agricultura sempre foi uma das principais fontes de renda do Sudoeste do Paraná. Até hoje, mesmo com toda a industrialização e modernidade, a agricultura familiar apresenta sempre sinais de fortalecimento na região.
E no caminho para valorizar o setor e melhorar ainda mais a produção e geração de renda dos colonos sudoestinos, a Secretaria do Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) nunca deixa de investir na área. Em 2015, o Sudoeste recebeu um investimento de cerca de R$ 28 milhões só em convênios para pavimentação de estradas rurais com pedras irregulares – o calçamento.
Na microrregião de Francisco Beltrão, o investimento nesse setor passou dos R$ 21,7 milhões, em um trabalho que, nas palavras de Neri Munaro, chefe regional da Seab, tem como objetivo dar possibilidade ao agricultor sair de casa mesmo com chuva e dar acesso às propriedades com qualquer tempo, para facilitar a escoação da produção agrícola.
Estes convênios são para municípios com até 50 mil habitantes – o que exclui Francisco Beltrão – e é um dos principais trabalhos da Seab. Segundo Neri, o valor do convênio é encaminhado pelo Estado diretamente para os municípios, que por sua vez precisam licitar e controlar a obra. Enquanto isso, o escritório regional da Seab tem o compromisso de acompanhar o trabalho e fiscalizar se está sendo bem realizado. 
“É um trabalho lento, nós fazemos em quatro, cinco etapas. Faz uma etapa que o Estado libera 20% do dinheiro, acompanhamos se está bem feito esse trecho, vamos lá e medimos, fazemos correção do que tem que ser feito, aí encaminhamos um documento e o Estado libera a próxima parcela para o município continuar a obra”, relata Neri.
Segundo ele, em 2016 o Estado não liberou ainda nenhuma parcela, “mas já tem a promessa de nos próximos dias liberarem, está tudo pronto, só que o governo sempre tem as dificuldades de início do ano, porque tem que abrir o orçamento. Mas agora, em março, os municípios já devem receber as liberações para completar as obras”. Depois da liberação, as obras continuam.

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Importância da pavimentação
“Com o andar do tempo e a evolução das coisas, com caminhões grandes sempre percorrendo as estradas para pegar produção de aviários, produção de leite, e com os agricultores também adquirindo carros para uso pessoal, temos que fazer estradas melhores também no interior”, afirma o chefe regional da Seab.
E o produtor rural Edson Cappelin, de Salgado Filho, concorda. Edson tem aviários de perus e produz também leite, soja e milho na comunidade do Tiradentes, em uma região que está recebendo investimentos em obras de pavimentação. 
Edson, que também é vereador pelo PSDB, conta que esse tipo de trabalho beneficia toda a comunidade, primeiro para escoar a produção agrícola – com destaque para os produtores de leite, que são muitos nas pequenas propriedades de agricultura familiar na região.
“Além disso, o pessoal que quer investir em um carro melhor também pode. Antes, com estrada de chão, estrada ruim, quem comprava um carro melhor logo o carro se acabava”, conta Edson, mostrando que novas estradas levam não só benefícios para a produção agrícola, mas também facilidades e confortos para os agricultores, em uma forma de melhorar a vida no campo e manter os colonos no interior.
Deoclécio Maraschin, técnico agrícola da Prefeitura de Salgado Filho, ainda reforça: “Sem dúvida essas obras são muito importantes. Melhora o transporte e reduz o custo de manutenção das estradas, então só vem a ajudar o município”.

Função da Seab
De acordo com Neri Munaro, até há pouco tempo o trabalho de pavimentação rural ficava a cargo da Secretaria de Infraestrutura, e só recentemente passou para a Seab, que tem um foco maior na agricultura. “Porque assim podemos dar escoamento para a produção, fazer o calçamento não ‘violentando’ a lavoura, entre outras coisas”, comenta.
Com esse compromisso, a Seab hoje inicia as obras sempre depois de fazer uma discussão com as comunidades, colocando que é necessário cuidar da estrada, fazer a conservação de solo nas margens, “então fazemos toda essa conversa, essa mobilização, exigindo a conservação do solo, se não na primeira chuva vem toda a terra para cima do calçamento. Esse é um trabalho de orientação nosso”. 

Outros investimentos
Além da pavimentação rural, a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) trabalha com outras necessidades do setor. Conforme Neri, o segundo principal trabalho do escritório regional de Francisco Beltrão é com a produção de leite – especialmente no projeto Leite Sudoeste, que separa propriedades específicas nos municípios da região e trabalha para melhorar sua produção e torná-­las propriedades modelos, como exemplos a serem seguidas pelas demais.
Neste projeto, a Seab regional, que abrange os núcleos de Francisco Beltrão e de Dois Vizinhos, investiu R$ 743 mil no convênio entre 2014 e 2015. Em um convênio de calcário para apoiar no manejo e fertilidade do solo, o investimento foi de R$ 2 milhões. Nas microbacias da região, o valor chegou a R$ 978 mil no núcleo de Beltrão e R$ 623 mil no de Dois Vizinhos. Com convênios de óleo diesel o valor passou dos R$ 700 mil.

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