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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Sem Caged, não se tem panorama geral de empregos

Desde o final de 2019, o Ministério do Trabalho mudou o sistema e não divulgou mais o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), por isso, não se consegue medir o efeito da pandemia relacionada ao mercado de trabalho.

O município de Dois Vizinhos não ficou imune ante a crise provocada pelo coronavírus. Empresas do setores têxtil, moveleiro, comércio e da tecnologia da informação precisaram fazer adequações no quadro de funcionários para superar o momento difícil. Em contrapartida, os setores do agronegócios (frigoríficos, laticínios), empresas de prestação de serviços seguiram contratando. Os dados, no entanto, não são precisos porque o Ministério do Trabalho alterou o sistema e não está mais divulgando o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Nós estamos buscando contato com os órgãos competentes para ter acesso a esses dados, porque eles balizam nosso trabalho”, disse Itacir Neselo, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo.

Uma situação pode ser ressaltada: a procura por seguro-desemprego aumentou nos últimos meses. “Percebemos essas alterações, mas sabemos que as pessoas tem 120 dias para solicitar o seguro e também podem fazer isso de casa, pela internet. Podemos dizer que, na Agência, a procura ficou acima do normal do ano passado, cerca de 30%, 40% no mesmo período”, completou.

O secretário ressaltou que as empresas seguem buscando profissionais qualificados. “Pessoas que não tem qualificação, fica mais difícil indicar. Nos últimos meses, percebemos que as pessoas que saíram de outras empresas tiveram mais facilidade para conseguir novo emprego. Aprendemos na crise e, por isso, sempre indicamos para as pessoas procurarem os cursos via Sesi/Senai, orientações aqui na Agência, ou cursos na internet você consegue muitos cursos gratuitamente e isso facilita a colocação”.

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Nos últimos anos, Dois Vizinhos tem se destacado no Paraná na geração de empregos: em 2018, o município ficou na 17ª colocação entre os 399 municípios e, em 2019, na 24ª colocação.

Mais microempreendedores individuais
O número de microempreendedores individuais (MEIs) também tem aumentado nos últimos meses. “Tivemos bastante procura de novos MEIs, pessoas que, ou foram desligadas ou estavam na informalidade e acabaram se regularizando. Sabemos que a crise está aí, não vamos retomar de hora para a outra, mas temos que pensar positivo e trabalhar para dar tudo certo”, completou Neselo.

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