
de Marmeleiro.
Líderes do PMDB no Sudoeste e o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, querem que o partido tenha candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. Lideranças peemedebistas sudoestinas concordam,
“O PMDB deveria ter candidato faz tempo. Partido que não tem candidato a tendência é encolher. O partido tem gente competente, só falta coragem. O PMDB tem que descer de cima do muro. Já faz algum tempo que o partido apoia quem ganha”, disse o vice-prefeito de Marmeleiro, José Ivanir Pilatti.
Nas duas últimas eleições, o partido fez aliança com o PT e elegeu o vice-presidente. Para presidente, o PMDB teve candidato somente em 1989 (Ulysses Guimarães) e 1994 (Orestes Quércia). Ambos, já falecidos, tiveram desempenhos pífios, com menos de 5% dos votos.
“Estamos abertos para todas as alianças, todos os partidos, apenas o que está sendo estabelecido é que PMDB quer ser cabeça de chapa em 2018”, disse Temer. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),também quer o 15 na urna eleitoral de 2018. Ele é até mais radical, gostaria que o PMDB rompesse já com o PT.
Flávio Medeiros, presidente do PMDB de Francisco Beltrão, relembra um episódio: “Em 2014, quando estávamos na decisão estadual para a candidatura ao governo estadual, foi debatido se teríamos candidato próprio ou não. Nós decidimos que o partido tivesse candidato próprio. Em determinado momento estava presente o Michel Temer e estava se discutindo se teríamos candidatura própria a presidente em 2014 ou em 2018. Aí o partido optou pelo apoiamento ao PT em 2014 e com a certeza de que em 2018 teríamos candidato próprio”.
No Paraná, o PMDB lançou Roberto Requião, que obteve cerca de 30% dos votos, ficando em segundo lugar.
No Sudoeste, o PMDB governa dois dos quatro maiores municípios – Antonio Cantelmo Neto em Francisco Beltrão e Raul Isotton em Dois Vizinos. O PDT comanda os outros dois: Augustinho Zucchi em Pato Branco e Hilário Andraschko em Palmas.
“Acho que o PMDB tem que ter candidato. É um partido forte, grande, tá sempre indo a reboque de outros partidos. O partido tem uma história”, avaliou o prefeito Frank Schiavini, do quinto maior município da região, Coronel Vivida.
Neto, Raul e Frank são prefeitos em primeiro mandato e devem concorrer à reeleição em 2016.
Para o prefeito reeleito de Salgado Filho, Beto Arisi (PMDB), “é importante que o partido tenha candidato. É um momento que o PMDB tem que ter candidato próprio. Ao longo dos anos apoiamos os candidatos a presidente de outros partidos. Agora é o momento para a candidatura própria”.

Torcida
Flávio Medeiros usa um velho chavão dos peemedebistas históricos, que argumentam que partido que não coloca seus candidatos, sua marca, seu número, perde a identidade em relação aos seus eleitores e não consolida seu projeto político, ou seja, é a mesma coisa que um time de futebol que não entra em campo, ele não tem torcida e não ganha jogo. “PMDB é o maior partido político do Brasil, que sempre definiu as eleições. É só você fazer um retrospecto das eleições onde o PMDB estava”, diz.
A rigor, em aliança, o PMDB só perdeu em 2002, quando Rita Camata foi vice do tucano José serra. Em 1998 e 2006 a legenda ficou fora de coligações.
Pilatti diz que perder ou ganhar faz parte do jogo: “Tem que dar a cara pra bater e colocar candidatos e os seus planos, como fazem o PT e o PSDB. O PMDB tem que ter sua identidade e seus projetos. Se vai perder ou ganhar, faz parte do jogo político, mas tem que sempre estar preparado. Hoje, o PMDB, em nível nacional, é maior partido, mas tem perdido espaços para o PT e o PSDB porque não tem candidatura própria”.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a aliança que o partido mantém atualmente com o PT é circunstancial. “O PMDB tem com o PT uma aliança estratégica circunstancial porque ela deveria acontecer em torno de apenas um programa. O PMDB desde logo está deixando absolutamente claro que vai ter um projeto de poder, que vai ter um candidato competitivo à Presidência da República em 2018”, disse

de Salgado Filho.
Números do PMDB
Vice-Presidente da República 1
Ministros 5
Governadores 6
Vice-governadores 4
Deputados federais 72
Senadores 20
Deputados estaduais 146
Diretórios no Brasil 5.039
Prefeitos 1.007
Prefeitos nas capitais 2
Vice-prefeitos 831
Vereadores 7.950
Filiados 2,5 milhões