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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Sudoestinos concordam com Temer e veem PMDB com candidato próprio a presidente

 

José Ivanir Pilatti, vice-prefeito 
de Marmeleiro.

 

Líderes do PMDB no Sudoeste e o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, querem que o partido tenha candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. Lideranças peemedebistas sudoestinas concordam,
“O PMDB deveria ter candidato faz tempo. Partido que não tem candidato a tendência é encolher.  O partido tem gente competente, só falta coragem. O PMDB tem que descer de cima do muro. Já faz algum tempo que o partido apoia quem ganha”, disse o vice-prefeito de Marmeleiro, José Ivanir Pilatti. 
Nas duas últimas eleições, o partido fez aliança com o PT e elegeu o vice-presidente. Para presidente, o PMDB teve candidato somente em 1989 (Ulysses Guimarães) e 1994 (Orestes Quércia). Ambos, já falecidos, tiveram desempenhos pífios, com menos de 5% dos votos.
“Estamos abertos para todas as alianças, todos os partidos, apenas o que está sendo estabelecido é que PMDB quer ser cabeça de chapa em 2018”, disse Temer. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),também quer o 15 na urna eleitoral de 2018. Ele é até mais radical, gostaria que o PMDB rompesse já com o PT.
Flávio Medeiros, presidente do PMDB de Francisco Beltrão, relembra um episódio: “Em 2014, quando estávamos na decisão estadual para a candidatura ao governo estadual, foi debatido se teríamos candidato próprio ou não. Nós decidimos que o partido tivesse candidato próprio. Em determinado momento estava presente o Michel Temer e estava se discutindo se teríamos candidatura própria a presidente em 2014 ou em 2018. Aí o partido optou pelo apoiamento ao PT em 2014 e com a certeza de que em 2018 teríamos candidato próprio”.
No Paraná, o PMDB lançou Roberto Requião, que obteve cerca de 30% dos votos, ficando em segundo lugar.
No Sudoeste, o PMDB governa dois dos quatro maiores municípios – Antonio Cantelmo Neto em Francisco Beltrão e Raul Isotton em Dois Vizinos. O PDT comanda os outros dois: Augustinho Zucchi em Pato Branco e Hilário Andraschko em Palmas.
“Acho que o PMDB tem que ter candidato. É um partido forte, grande, tá sempre indo a reboque de outros partidos. O partido tem uma história”, avaliou o prefeito Frank Schiavini, do quinto maior município da região, Coronel Vivida.
Neto, Raul e Frank são prefeitos em primeiro mandato e devem concorrer à reeleição em 2016.
Para o prefeito reeleito de Salgado Filho, Beto Arisi (PMDB), “é importante que o partido tenha candidato. É um momento que o PMDB tem que ter candidato próprio. Ao longo dos anos apoiamos os candidatos a presidente de outros partidos. Agora é o momento para a candidatura própria”.

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Flávio Medeiros, presdidente do PMDB de Francisco  Beltrão.

 

Torcida
Flávio Medeiros usa um velho chavão dos peemedebistas históricos, que argumentam que partido que não coloca seus candidatos, sua marca, seu número, perde a identidade em relação aos seus eleitores e não consolida seu projeto político, ou seja, é a mesma coisa que um time de futebol que não entra em campo, ele não tem torcida e não ganha jogo. “PMDB é o maior partido político do Brasil, que sempre definiu as eleições. É só você fazer um retrospecto das eleições onde o PMDB estava”, diz.
A rigor, em aliança, o PMDB só perdeu em 2002, quando Rita Camata foi vice do tucano José serra. Em 1998 e 2006 a legenda ficou fora de coligações.
Pilatti diz que perder ou ganhar faz parte do jogo: “Tem que dar a cara pra bater e colocar  candidatos e os seus planos, como fazem o PT e o PSDB. O PMDB tem que ter sua identidade e seus projetos. Se vai perder ou ganhar, faz parte do jogo político, mas tem que sempre estar preparado.  Hoje, o PMDB, em nível nacional, é  maior partido, mas tem perdido espaços para o PT e o PSDB porque não tem candidatura própria”.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a aliança que o partido mantém atualmente com o PT é circunstancial. “O PMDB tem com o PT uma aliança estratégica circunstancial porque ela deveria acontecer em torno de apenas um programa. O PMDB desde logo está deixando absolutamente claro que vai ter um projeto de poder, que vai ter um candidato competitivo à Presidência da República em 2018”, disse

 

Beto Arisi, prefeito 
de Salgado Filho.

 

Números do PMDB

Vice-Presidente da República    1
Ministros    5
Governadores    6
Vice-governadores    4
Deputados federais    72
Senadores    20
Deputados estaduais    146
Diretórios no Brasil    5.039
Prefeitos    1.007
Prefeitos nas capitais    2
Vice-prefeitos    831
Vereadores    7.950
Filiados    2,5 milhões

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