Profissionais da suinocultura aproveitaram o lançamento da 16ª Festa do Leitão para falar sobrea situação da área.
“Este ano tá bem crítico para os suinocultores”, comenta Anésio Wessling, que trabalha com transporte de suínos e é um dos coordenadores da 16ª Festa do Leitão de Eneas Marques. Ele e outros profissionais do setor aproveitaram o lançamento da festa, na segunda-feira, 24, para comentar os problemas no setor.
Para Miguel Ferreira, presidente da Associação de Suinocultores de Eneas Marques, os produtores integrados têm problemas também, mas estão se mantendo melhor. Já os que não possuem integração passam por uma crise grande.
Segundo Anésio, o problema se deu porque os custos da produção aumentaram muito, enquanto o preço da carne não subiu, porque o mercado, nesse período de crise no país, não foi capaz de absorver esse aumento. “O preço do porco é quase menor do que no ano passado, enquanto o custo pra produzir só aumentou”, comenta.
O prefeito de Eneas Marques, Maikon Parzianello, também presente no evento, destacou que a suinocultura é um dos pilares da economia do município, mas que é difícil para o produtor. “A cultura do porco é desumana. O cara pode estar lá, ganhando dinheiro, e de repente o mercado muda e ele toma até seis meses de prejuízo”.
No entanto, para Miguel, o trabalho do suinocultor é nobre, porque “o suíno é a carne mais consumida no mundo, e a mais barata. Por isso somos os produtores que trabalham e enfrentam pra alimentar a população mundial”.