O custo de produção na suinocultura tende a aumentar com a desvalorização do real frente ao dólar. A previsão é de especialistas em agronegócio e do presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva. Em função do aumento da desvalorização cambial, as cotações da soja e do milho aumentaram e também ficou mais caro importar os insumos utilizados em produtos usados na alimentação dos animais. Jacir explica que para a suinocultura a cotação do dólar em alta é bom para as exportações. “O dólar ajuda por um lado, por outro, o preço dos insumos sobe”, sublinha. Por isso, os custos de produção da suinocultura tendem a aumentar ao produtor. Os valores da saca de milho e a soja, que são usados na composição das rações, estão com os preços em alta. O milho na faixa de R$ 22 a R$ 25 e a soja de R$ 69 a R$ 71. Estes preços estão sendo praticados no Paraná, nas últimas semanas. Presidente da APS acrescenta que o premix, produto largamente utilizado como complemento alimentar dos suínos, os componentes praticamente são todos importados. As empresas que importam os insumos para fabricar o premix acabarão dispendendo mais recursos financeiros.
Mas Jacir Dariva diz que “hoje a suinocultura é uma atividade viável”. Em entrevista à Rádio Educadora, ontem, o economista Eugênio Stefanello, que proferiu palestra em Francisco Beltrão, quinta-feira, para os diretores de cooperativas do Sudoeste, deu um recado aos produtores rurais: racionalizem os custos de produção e fiquem atentos aos efeitos do mercado. Este conselho se deve às mudanças nas taxas de câmbio brasileiras.