Regional

Por Lucas Carniel
Uma das centenas de trabalhadoras do setor rodoviário de Marmeleiro é Tatiane Steck. Ela era acadêmica do curso de Direito e estagiária da Vara Cível na Comarca de Cruzeiro do Oeste, na região Noroeste do Estado, quando decidiu abandonar a promessa de uma carreira jurídica para cursar Ciências Contábeis. O novo curso veio também com um novo emprego: atendente de posto de combustível. Foi no balcão que descobriu o talento de se relacionar bem com as pessoas. “Ouvimos no rádio que o posto precisava de gente, levei um currículo e fui selecionada para trabalhar no atendimento. Preferi o emprego no posto do que ficar fechada numa sala, como seria se tivesse continuado no Direito”, afirma.
O trabalho no posto começou há seis anos; em pouco tempo, do atendimento passou para o setor administrativo. Trabalhou primeiramente em Cruzeiro do Oeste, depois foi transferida para Guaíra.
Pessoal desabafa
Em Marmeleiro há três meses, ela relata que o posto de combustível é, muitas vezes, um lugar de desabafo para os motoristas. “Passam muito tempo na estrada, então quando chegam no posto é o momento de poderem conversar com alguém e até mesmo desabafar, já que o trabalho de caminhoneiro é muito estressante”, disse.
O fato de os caminhoneiros passarem meses longe de casa gera alguns momentos marcantes. “O posto estava dando cartão de fidelidade a alguns clientes e entreguei esse cartão para um dos nossos motoristas mais assíduos. Ele agradeceu e disse que pra ele era muito bacana receber o cartão justamente naquele dia porque era seu aniversário. São momentos como esse que fazem nosso trabalho valer a pena”, diz Tatiane.