Dados obtidos em satélites e georreferenciamento vão informar a quantia exata de área utilizada para a produção de silagem.

Os departamentos de Agricultura e de Desenvolvimento Rural de Boa Esperança do Iguaçu realizaram, recentemente, encontro de planejamento para o ano de 2020. Ao todo, 62 produtores participaram da reunião que teve como objetivo informar as novidades na produção de silagem. “A equipe passará a utilizar dados obtidos via satélite ou georreferenciados por GPS para determinar as áreas da cultura do milho nas propriedades que serão transformados em silagem para alimentação do rebanho, em especial bovinos de leite. O cálculo do custo ao produtor será subsidiado pela administração e ficará mais exato e justo, uma vez se calculando a área e não mais o pagamento em horas”, disse o prefeito Evandro Luiz Cecato (PV).
O técnico Valmor Antonio Bittencourt, (Tunico), do Departamento de Agricultura destaco que o novo sistema é pioneiro na região e relatou que o atendimento aos produtores rurais segue, mesmo no período de final de ano. O diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural (patrulhas agrícolas), Valmor Tessaro, por sua vez, enfatizou que novos equipamentos já foram adquiridos pelo município e que outros, com maior capacidade produtiva, serão licitados para que se consiga atender todos os produtores e suas demandas. “Os produtores precisam solicitar a medição da área, fazer o pagamento no Setor de Tributação e, em seguida, agendar o atendimento no Setor de Patrulhas Agrícolas”, disse.
Cadeia produtiva do leite
O médico veterinário Jonas Jean Zarth destacou informações colhidas em visitas feitas nas propriedades rurais de Boa Esperança do Iguaçu: atualmente são 195 propriedades rurais produzindo leite, com aproximadamente 2.891 vacas em lactação e média de produtividade de 15,14 litros/dia. Segundo os dados, o rebanho ainda conta com 998 vacas secas, 40 vacas para o consumo, 841 novilhas (zero a 12 meses) e 1.122 novilhas no total. O município produz, atualmente, 43.775 mil litros de leite por dia, que se calculado ao valor de R$1,25 reais/litro, mês, a soma chega a R$ 1.641,562,50 milhão/dia.
Para se alimentar todo esse rebanho e garantir a produção bem acima da média do Estado, a produção de silagem vai contar com novas máquinas ensiladeiras, novo sistema de medição de área e planejamento de safra. São cerca de 476 hectares de milho para silagem na safra normal e 574,95 hectares para a 2ª safra (safrinha), com as propriedades possuindo 633,76 hectares em pastagens (potreiros) e 395,97 hectares em pastagens melhoradas para o rebanho.