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Francisco Beltrão
domingo, 22 de junho de 2025

Edição 8.230

21/06/2025

Trabalho de readequação pretende acabar com os problemas das estradas rurais

Processo é mais lento e talvez mais caro, entretanto mais eficiente.

 

Prefeito de Pérola D’Oeste, Nilson Engels, orienta na readequação das estradas rurais com o objetivo
de terminar com os problemas causados pelas chuvas.  

 

O Sudoeste é uma região predominantemente agrícola. A agricultura e a pecuária dão o ritmo da economia da região, garantindo inclusive certa estabilidade em momentos de crise, como aconteceu nos últimos anos. É um mercado que sempre cresce, já que todo mundo precisa comer, e é uma grande fonte de renda nos municípios. No entanto, essa vasta atividade rural cobra alguns preços. 
Um dos custos da agropecuária diz respeito às estradas. Como o transporte de animais, leite e grãos depende muito do uso de caminhões pesados, as estradas rurais acabam sofrendo. Só é preciso conversar com representantes das prefeituras ou com agricultores para saber que uma das maiores demandas dos municípios da região é com reformas nas estradas. O maquinário da maioria das prefeituras sudoestinas costuma “viver no trecho”, tapando buracos e garantindo momentaneamente um bom tráfego para caminhões e também carros pessoais – até que a estrada fique ruim de novo e as máquinas tenham que voltar.
O prefeito de Pérola D’Oeste, Nilson Engels (PSC), no entanto, quer quebrar esse ciclo no município que administra. “Nós não podemos mais ficar fazendo trabalhos de tapa buraco, disse o prefeito. Isso custa caro a longo prazo para o município. Estamos há anos fazendo esse trabalho, nossas cascalheiras estão acabando e nós não temos estradas de qualidade”, diz. 
Engenheiro agrônomo e ex-secretário de Agricultura, Engels diz conhecer bem a zona rural do município. Além de ser engenheiro agrônomo de profissão, nasceu no meio rural, é agricultor, filho de agricultor e ainda tem uma propriedade rural. “Sei como é a agricultura, como são seus problemas e as dificuldades. Por outro lado, entendo da potencialidade da agropecuária no município, já que a maior parte da arrecadação municipal vem dela”, comenta. 
Com esse conhecimento, ele pondera que o grande vilão das estradas rurais não são os caminhões, mas sim, a água da chuva que provoca erosão nas estradas. Assim sendo, quando passam os caminhões – ou mesmo os ônibus do transporte escolar – a situação só se agrava.
Por isso, o prefeito ressalta que o essencial para reduzir o problema é lidar com a água e o solo, de forma a evitar que aquela corra desordenadamente sobre as estradas, danificando-as. “Esse foi o início do planejamento que a Prefeitura está aplicando por toda a zona rural do município”, frisa Engels.

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Segredo é conter a água
Engels alega que tem como objetivo lidar com os problemas de forma eficiente e resolutiva, para que eles não voltem a gerar ônus para o município. Para ele, a forma de conseguir isso é através de planejamento, investimentos no lugar certo e parceria com a população. Diz o prefeito: “Estamos fazendo um trabalho de integração de estrada e lavoura, discutindo com a comunidade, com os produtores e proprietários para fazer um trabalho de contenção dos problemas, onde todos saiam ganhando”.
Para lidar com isso, o prefeito afirma que é necessário readequar as estradas, levantando-as e construindo caixas de retenção de água nos pontos mais altos, evitando que a chuva corra com muita força pela estrada, em especial onde a declividade é maior. Além disso, a readequação que está sendo promovida conta com pequenos murundus, ou “bigodes”, que são escavações na beira da estrada. “É um trabalho mais caro e lento, mas é eficiente e resolutivo.”, garante o prefeito. 

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