18.2 C
Francisco Beltrão
quinta-feira, 19 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Vacas da Cabanha Krenchinski batem recorde nacional de produção de leite

Animais da raça holandesa produziram 18 mil litros.

Giovani Krenchinski com o equipamento que vai melhorar ainda mais a produção.

Em um tempo em que a tecnologia e a inovação estão presentes em todas as áreas, no campo não é diferente. É justamente por saber aliar a tecnologia e por ter feito um bom trabalho de base que a Cabanha Krenchinski se tornou exemplo de excelência em produção mesmo num pequeno espaço de terra.

Localizada na Linha Rio Verde, Flor da Serra do Sul, a Cabanha Krenchinski é tocada por Mário, a esposa Terezinha e o filho Giovani, além de um casal de funcionários que auxilia na produção. Em uma pequena área de terra, produz-se o necessário para manter as 130 vacas de leite, das quais 65 estão em lactação. O diferencial da propriedade é o nível de produção dos animais que chega a 2,3 mil litros diários, com pretensão de alcançar os 3 mil litros/dia.

Dia 7 de junho, a Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa premiou os melhores do ano, num evento que aconteceu em Castro. Na premiação, duas vacas da Cabanha Krenchinski foram reconhecidas como recordistas nacionais em 2018: a Nakamura (2 anos sênior) produziu 18 mil litros em 365 dias e a Shaiene (4 anos sênior) produziu 20,5 mil litros de leite no ano passado. “Vocês todos sabem do nosso empenho e dedicação na pecuária leiteira, o quanto trabalhamos para chegar esse dia, amamos o que fazemos, mas reconhecemos que o mérito não é só nosso, essa linda história está sendo escrita por várias mãos. Esse é o momento especial de agradecer a todos que sempre estiveram ao nosso lado e foram essenciais na nossa vida”, afirmaram os proprietários, em uma publicação de agradecimento.

- Publicidade -

Transformação na propriedade
A mudança começou entre 2005 e 2006, quando iniciou uma transformação na forma como a propriedade era conduzida e aos poucos foram sendo feitas pequenas adequações, mudanças e investimentos. Foi nessa época, quando tinha um total de 20 animais e produzia em média 80 litros de leite por dia, que a propriedade recebeu a primeira visita técnica de Carlos Eduardo Carvalho.

“Já falávamos da importância da gestão da atividade, implantando planilhas de custo na fazenda em paralelo com o aumento da fertilidade do solo, melhoria genética e melhoria nos processos de manejo e qualidade do leite. Permaneci visitando a família, mensalmente, até o final de 2010, quando vim para Goiás e deixei o Sul do Brasil. Foram cinco anos de muito trabalho, mas também de muita alegria e satisfação por ver sua evolução e chegar, à época, em 600 litros diários”, afirmou o técnico.

A propriedade tem um histórico de 30 anos de uso da inseminação, o que garante uma excelência em qualidade genética. Então, iniciou também a melhoria do pastejo. Primeiro, trabalhava-se com o potreiro, depois passou a ser alimentação à base de pasto, cana-de-açúcar com ureia e implantou-se um sistema de pastejo rotativo em piquetes com a irrigação. Em seguida, veio a silagem, posteriormente as vacas foram levadas para o semiconfinamento e depois para confinamento total com ordenha canalizada. Agora, está em processo final de implantação na propriedade a ordenha robotizada.

“Esse nosso equipamento é no sistema 3D, é o primeiro robô desses implantado no Paraná e o segundo no Brasil. O modelo antigo que tinha no mercado o braço identificava o teto da vaca a laser, então tinha que procurar toda vez para encaixar a ordenha, e esse que temos é um sistema 3D mais moderno, com câmera. Na primeira vez que o animal vem, o robô grava a colocação da ordenha de animal por animal, e quando o animal entra pela segunda vez o sistema já sabe exatamente onde está a colocação de tetos, o que o torna de 15 a 20% mais eficiente”, detalha Giovani.

Através do robô, toda a produção será monitorada, desde qualidade do leite, quantidade, alterações e demais aspectos. O que se espera, além do aumento da produção, que poderá contar agora com até três ordenhas diárias por animal, é uma melhora na qualidade de vida da família. “Ainda teremos muito trabalho, mas já vai dar uma boa folga, sábado, domingo, feriado, não precisar acordar de madrugada todo dia para conduzir a produção. A máquina vai estar funcionando 24 horas e qualquer alteração o sensor detecta e nos comunica através do celular. Além do ganho na qualidade do leite, nós vamos ganhar em qualidade de vida e os animais também, por que o sistema comanda a alimentação e bonifica a vaca que mais produz”, enfatiza o produtor.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques