Entre os municípios acompanhados pela empresa, Dois Vizinhos está em situação crítica.

A cidade de Dois Vizinhos é a que apresenta a maior preocupação em termos de abastecimento de água da Sanepar. Sistemas de abastecimento de algumas cidades da região Sudoeste começam a apresentar problemas em razão da estiagem prolongada.
A vazão dos poços e do Rio Girau Alto, em Dois Vizinhos, reduziu em mais de 50% o que compromete o abastecimento nos períodos de maior consumo. Segundo o gerente regional da Sanepar, Ativo Beier, a situação é bastante crítica e existe a possibilidade da Sanepar ter de adotar medidas para fornecer a água de forma alternada na cidade.
Em relação às demais cidades do Sudoeste, ainda não há perspectiva de racionamento ou rodízio no abastecimento.
Vazão 40% menor
Os rios e poços que abastecem as cidades de Planalto, Capanema, Pérola D’Oeste, Salto do Lontra, Realeza, Santo Antônio do Sudoeste, Flor da Serra do Sul e de Nova Prata do Iguaçu estão com volume de água 40% menor que nos períodos normais.
Os sistemas de Renascença, Boa Esperança do Iguaçu, Nova Esperança do Sudoeste, Bom Jesus do Sul a redução da vazão chega a 30%. O mesmo ocorre com os distritos de Conciolância (Pérola D’Oeste) e Centro Novo (Planalto). Na comunidade de Nova Concórdia, Distrito de Francisco Beltrão, o manancial reduziu 25%.
Em Francisco Beltrão a captação de água do Rio Marrecas e o abastecimento da cidade se mantêm normais.
A Sanepar conta com a colaboração das pessoas diante da prolongada estiagem. A preocupação da Sanepar ocorre quando o consumo diário de água aumenta e está quase se igualando ao volume que é captado dos rios ou poços artesianos. Nestes casos, a empresa entra no nível de alerta.
A estiagem dos meses de julho, agosto e setembro e até outubro atinge as regiões Sudoeste, Oeste e Norte Pioneiro e tem provocados efeitos sobre o abastecimento de água de forma generalizada. Nos meses de setembro e outubro as precipitações normalmente são mais intensas. É nesta época que ocorrem os plantios de feijão, soja e milho da primeira safra.
Outro detalhe: além de não chover ou chover abaixo do normal nestes meses, as temperaturas do final do inverno foram muito altas. Essa diferença faz o consumo explodir. As pessoas, famílias, instituições ou empresas acabam consumindo mais água.
Quando chove, o nível dos rios sobe e volta ao normal em poucos dias. Porém, se chove muito num dia só nos mananciais hídricos usados para abastecimento das cidades e depois se o intervalo até a próxima chuva for grande, também é algo prejudicial.
Conforme a Sanepar, nos poços artesianos o nível de vazão demora um pouco mais para se normalizar.
Sanepar pede que população colabore
Conforme a Sanepar, o momento é imprescindível que todos colaborem, adotando hábitos de consumo racional da água. A orientação é para que seja priorizado o uso para alimentação e higiene pessoal. As limpezas mais pesadas, como lavagem de carros, calçadas e fachadas, devem ser adiadas até que a situação se normalize.
Reaproveitar a água do tanque e da máquina de lavar roupas pode contribuir muito com o consumo consciente. O reuso dessas águas pode ser aplicado na limpeza, no vaso sanitário e na rega de hortas e jardins. Reduzir o tempo do banho, fechar as torneiras durante a lavagem da louça, da escovação de dentes e do barbear são ações pequenas que representam muito na economia de água.
Ao encontrar qualquer tipo de vazamento de água na rua, a população deve avisar imediatamente a Sanepar pelo telefone 0800 200 0115.
