Há mais de 50 anos na comunidade de Marmelândia, família Gauza se firma como produtora de vinho.

Em 1961, Ademar Gauza saiu de Caçador (SC) para buscar um futuro diferente aqui no Sudoeste do Paraná. Com esse objetivo, instalou-se na comunidade de Marmelândia, em Realeza, e já cuidou de lidar dos seus negócios: instalou a primeira balsa da comunidade, que ligava Realeza a Capitão Leônidas Marques.
Nessa época, Ademar e sua balsa tiveram um papel importante no progresso da região, transportando maquinário, trabalhadores e mudando o cenário de um mundo que, nas palavras de Ademar, “era tudo mato quando chegamos”.
Mas, com o tempo, ele deixou a profissão para trás. Ademar vendeu os equipamentos da balsa em 1969 e se firmou como produtor de grãos. Até hoje, os grãos ocupam a maior parte das terras, mas a família Gauza está se tornando referência em Marmelândia, em Realeza e em todo o Sudoeste por causa de uma aposta mais recente. Coisa do filho do seu Ademar, Círio Gauza, e da nora Adriana.
Nos idos de 2006, Círio resolveu plantar parreira em um pedaço das terras da família. Com o parreiral, ele ocupou dois dos 14 hectares da propriedade. E das uvas desse pequeno pedaço de terra, Círio e Adriana começaram a produzir o vinho colonial Cantina da Serra. Um projeto modesto, mas que precisava ser comercializado. “Então instalamos uma lojinha na beira da estrada, com nosso vinho e mais uns produtos coloniais”.
Essa lojinha, na ‘beira’ da BR-182 começou a receber “gente de todo o tipo, que passa pela BR todo dia”. E logo as uvas tomaram o lugar dos cereais como protagonistas nos negócios da família. “Temos 10 hectares de grãos, mas o que dá mais lucro hoje é o vinho”, conta Círio.
Com essa lojinha, que nasceu da aposta em um pequeno parreiral, o Projeto Vinhos Cantina da Serra se tornou destaque do Programa Empreendedor Rural de 2014, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná. E com um vinho de qualidade e o movimento da BR-182, a família que já teve a primeira balsa de Marmelândia tem tudo para crescer ainda mais.
