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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Zé Carlos desconversa sobre Lessir, mas garante: ”Você nunca pode trancar as portas”

Presidente do PSDB do município disse que o prefeito de Renascença, o petista Lessir Bortoli, se aproximou do ex-deputado Litro através do gabinete do seu filho, deputado Paulo Litro (PSDB).

 

Carlinhos Turatto (PP) e Zé Carlos (PSDB) durante entrevista a Gilberto de Zorzi.

A entrevista do prefeito de Renascença e ex-prefeito de Dois Vizinhos, Lessir Bortolli (PT), dada na semana passada, continua repercutindo bastante. Na manhã de ontem, 19, no programa Sete e Meia, da Rádio Educadora AM, os vereadores Zé Carlos Ventura (PSDB) e Carlinhos Turatto (PP) falaram sobre as declarações do ex-prefeito. 

Zé Carlos, que também é presidente do PSDB no município, destacou que a aproximação de Lessir é com o gabinete do deputado Paulo Litro (PSDB) e não com o partido. “O ex-prefeito, hoje prefeito de Renascença, deixou bem claro aqui que a aproximação é com o Litro, através do gabinete da deputada Rose Litro no ano passado, bem como agora através do gabinete do deputado Paulo Litro, tendo em vista as obras do governo do Estado. O Lessir, numa forma inteligente, sabendo que o Paulo e o Litro têm uma força muito grande no governo do Estado, se aproximou para conseguir recursos”, disse. 
Até o momento, o nome de Lessir não é cogitado no partido. “A respeito do PSDB estar junto [numa possível candidatura de Lessir], nunca houve uma conversa. Posso falar aqui, sendo presidente do partido. Nós temos nossa executiva com mais seis membros, então, no partido, nunca se cogitou uma possível coligação, tanto porque nós estamos há mais de um ano das convenções e coligações, mas você sabe, na política, você nunca pode trancar as portas e o PSDB está aberto para coligar com alguns partidos”, completou.
O presidente enfatizou que o partido tem quatro pré-candidatos. “O Lessir é prefeito em Renascença e ele teria que renunciar para ser candidato aqui. Se isso chegar a acontecer, tem que sentar com o partido, isso não é uma decisão do Zé Carlos, é do partido e dos grupos políticos, dos partidos que compõem a base e a gente vai ver o que é melhor. O PSDB hoje tem quatro nomes como pré-candidatos e nós vamos trabalhar para que nós tenhamos um candidato do PSDB”, completou. 
O ex-prefeito Zezinho Ramuski, o ex-vereador e ex-vice-prefeito Tadeu Zanella, o contabilista Airton Simões de Aguiar e o próprio Zé Carlos são os postulantes à candidatura pelo partido. O presidente ainda destacou que a oposição já tem, aproximadamente, oito nomes como pré-candidatos. “Os partidos [de oposição] seguem unidos. Temos quatro pré-candidatos do PSDB, temos aqui o Carlinhos Turatto, do PP, que também é um pré-candidato, temos o Betinho, do PSB, que é um pré-candidato a prefeito. Isso não significa que o candidato será do PSDB, pode ser de um partido aliado. Pode ser o Carlinhos, pode ser o Betinho, como pode ser outro. Eu acredito que não terá essa possibilidade do PSDB não ter candidato, mas eu já te falei que, na política, aquilo que parece mais anormal, é normal. Então, você não pode trancar os caminhos tendo em vista que você tem pouco mais de um ano para as convenções. Todas as decisões que vierem serão tomadas com tranquilidade e coerência pelo partido”, avaliou.  

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O bem e o mal
No passado, na briga política, dizia- se que um grupo político era do bem e o outro, do mal. “Se pregou tanto que nosso grupo era do mal, que o Zezinho era do mal. Eu tenho a consciência tranquila hoje porque, em tudo, o tempo diz. Eu defendi o Zezinho como líder do governo na Câmara e tenho orgulho. Nós provamos, na verdade, que somos do bem. Nós provamos através dos nossos atos”, destacou o presidente. 

“A gente nunca deve dizer que é candidato”, diz Carlinhos
Carlinhos Turatto também falou sobre o cenário político para as eleições de 2016. “A gente nunca deve dizer que é candidato. Quem deve dizer isso é a população”, adiantou o vereador, falando sobre seu nome estar à disposição.
Quanto ao retorno de Lessir, o vereador foi cauteloso. “Todos os partidos, para existir, têm que ter nomes de pré-candidatos, com uma chapa de vereadores e prefeito. Nós ficamos felizes, pelo que eu percebi, porque houve até um reconhecimento de que a gente não era tão do mal assim. Esse reconhecimento veio do líder maior, que foi prefeito duas vezes aqui e teve uma aprovação de 80% quando saiu. Hoje, se tem um problema com o grupo político lá [na situação], a gente não tem que discutir. Não é que o PP pode apoiar. Respeita-se a decisão do grupo político. Nós, individualmente, não podemos existir. Nós não sentamos ainda para conversar com o ex-prefeito porque ele é filiado a um partido [PT] que, aqui no município, nós não temos afinidade nenhuma”, declarou.

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