
é empreendedor do ramo de caminhões. Foto: Reprodução
Com 34 anos de carreira na comunicação, desde 2021 Ademir Augusto reatou um laço com o passado e está realizando um desejo do pai, Antônio Macagnan. “Nini”, como é conhecido, é apresentador da TV Beltrão e repórter da Ação TV. Atuou nas rádios Princesa, Educadora e Onda Sul FM. Antes, trabalhou numa recapadora e posto de gasolina. Foi lá, durante seis anos, que teve o primeiro contato com os caminhões – veículos pelos quais o pai, falecido quando Ademir tinha 11 anos, tinha fascínio.
“Ele desejava dirigir um caminhão. Nem almejava comprar, ter um, porque era praticamente impossível, pela nossa condição. Morreu de infarto e acho que sequer entrou dentro de um caminhão na vida dele.”
Mais de três décadas após colocar uma vírgula no relacionamento com as carretas, e depois de se tornar um dos principais nomes do jornalismo sudoestino, Ademir voltou a integrar o ramo, desta vez como empreendedor.
No fim de 2021, comprou o primeiro caminhão. Há três meses, adquiriu o segundo. Ele faz fretes de Beltrão para o Brasil todo e do Brasil todo para Beltrão. As cargas, da região para outros cantos do País, são sempre de frios. As voltas variam: ora gesso, sal, melão.
Enquanto equilibra o tempo com as funções no jornalismo, Nini conta com dois motoristas contratados para realizar os carretos: o beltronense Leandro Vieira da Silva e Anderson Lira, morador de Planalto.
“Eu respeito e admiro muito duas profissões: caminhoneiro e vendedor pracista – que eu já tentei ser e não deu certo. O cara sai segunda-feira de casa e volta na sexta. São profissões em que você precisa ser muito forte.”
Ademir Augusto na boleia?
Aos 56 anos e embora tenha satisfação por tornar realidade um sonho do pai, Nini não pretende “pegar estrada”, dirigir de fato um caminhão. “Quando compramos o caminhão, fui de Irati até Curitiba dirigindo e me surpreendi. Hoje, é um veículo com muito mais recursos que os carros, mudou demais do tempo em que eu ia do posto até os frigoríficos prestar serviços para as empresas.”
Apresentador de programa para caminhoneiros?
Unir os dois universos e fazer um programa para caminhoneiros? A ideia proposta pelo Jornal de Beltrão, de acordo com ele, também foi apresentada a Nini por um colega das rodovias.
“Estou diminuindo o ritmo de trabalho. Quem fizer, vai se dar bem. Fosse um tempo antes, eu faria. Mas nesse caso precisa ser algo diário, de preferência à noite e no rádio. Está fora dos meus planos.”
E apesar de pretender uma rotina mais leve, o apresentador do “Debate Esportivo” não abandonará nem a administração de seus caminhões, nem as TV’s.