Por Leandra Francischett – Com pouco mais de dois meses de celebração dos convênios com os municípios turísticos da região Sudoeste do Paraná, a IGR Vales do Iguaçu reuniu representantes de cada município, em Honório Serpa, para a 2ª Reunião do Turismo. O evento aconteceu dia 10 de maio; a IGR apresentou as ações já desenvolvidas em âmbito regional e também no atendimento individual dos municípios.
Entre as ações está a elaboração de um roteiro de turismo religioso e o levantamento de eventos para o Festival de Inverno ainda para esse semestre. Na data, também, foi apresentado o regulamento para participação em feiras da região, onde os municípios conveniados poderão ter seus produtos turísticos expostos e comercializados.
Eritana Jaguszewski, diretora do Departamento Municipal de Assistência Social, responsável pelo turismo no município de Honório Serpa, avalia a reunião como muito positiva. “Esta foi a segunda reunião da IGR, sendo a primeira itinerante. Honório Serpa foi o primeiro município a sediar esta modalidade. Teve uma grande adesão dos municípios e foi uma oportunidade de receber outros municípios e então analisar o que precisamos melhorar de estrutura. É uma oportunidade, pois Honório Serpa é um município relativamente novo e não era conhecido pela maioria das pessoas que estiveram na reunião.”
Eritana destaca a importância da IGR, que presta apoio técnico e motiva a movimentação do comércio e da sociedade, “no sentido de olhar nosso município como uma potencialidade turística, porque até então a gente via apenas as nossas cachoeiras. Está mudando o nosso olhar, com a valorização do nosso município e não só a questão das águas, mas também outros pontos que são fundamentais para fazer esta rota turística, seja através do turismo religioso, gastronômico ou de cultura”.
Potenciais turísticos de Honório Serpa
Durante a 2ª Reunião do Turismo, foi possível visitar os atrativos turísticos de Honório Serpa, bem como conhecer um pouco do costume de filó para reuniões e degustar de um almoço típico do município. Eritana acrescenta que filó ou serão é uma prática antiga, em que o meio de comunicação era mais difícil, em virtude da época, então as pessoas tinham o costume de reunir amigos, à noite, na casa de alguma pessoa, com o objetivo de se confraternizar, degustando o que a família tinha para oferecer, mas era um meio de se aproximar do outro, colocar a conversa em dia e estar presente.
“Hoje em dia, com o WhatsApp, você faz videochamada daqui para o outro lado do mundo, mas está tudo muito distante, tudo virtual. Então tivemos a ideia de fazer este resgate, para ter a possibilidade de nos olharmos, retomar a prática da visita, do estar perto.” Ela garante que o filó é feito desde a primeira reunião para organizar o Conselho Municipal de Turismo; quem tinha dotes culinários peculiares, que sabia fazer bolinho de chuva, broa de milho, doce de figo caseiro, salame caseiro, feijão tropeiro, farofa de pinhão, por exemplo, levou seu prato e doou para o conselho partilhar.
“Foi muito interessante a curiosidade, porque eles não sabiam que a gente iria formar o conselho, os participantes só sabiam que a gente iria fazer o filó na casa deste casal (professores Rogério e Salete), para tratar da questão turística. A partir daí, decidimos que todas as reuniões do Conselho Municipal de Turismo são realizadas na casa de alguém, com o objetivo do filó, com o que a família puder e quiser ofertar. É um momento para colocar a conversa em dia.”
