Almir da Silva, 51 anos, o “Traia” começou a trabalhar com caminhão com 24 anos. Até então ele tinha propriedade rural, mas decidiu mudar de atividade. “Virei caminhoneiro porque na época saí do sítio sem oportunidades, então consegui vender uma parte da terra e dar entrada em um caminhão Mercedes Benz 1113, de 1974, e comecei puxando grãos, móveis, madeira e plástico reciclável pra diversas cidades do Brasil, Rio de Janeiro e até o Nordeste.”
Atualmente, o caminhoneiro dirije um caminhão Scania R500, ano 2021, graneleiro, e transporta feijão, milho, soja, entre outros. “Geralmente, vou para Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina e algumas regiões do Nordeste.”
Traia é sócio da Coptrans e considera importante estar associado à instituição.
“A cooperativa é o grande motivo de me manter no transporte, pois não conseguiria me manter sozinho, ajuda muito por ter subsídio em óleo, pneus, peças de caminhão e impostos.”
Ao longo de quase três décadas na atividade, Traia conta que sofreu um grave acidente, porém se manteve na atividade. “Sofri um acidente na estrada, no qual quase perdi a vida e por pouco quase desisti da estrada.”
Diante do aumento da criminalidade, assaltos a caminhoneiro e roubos de carga, Traia toma alguns cuidados. Para se prevenir contra os assaltos e roubos, ele dorme em postos que cobram estacionamento, tendo mais segurança.
Sobre o tempo longe dos familiares, Traia confessa que não é fácil. “A saudade não é fácil, ficar longe da família é difícil, nas datas comemorativas dificilmente estou e por isso sempre que possível dou uma pausa em casa pra descansar e ter um momento de lazer.” Traia comenta que “a estrada é um aprendizado, aprendemos a viver sozinhos sem família e apenas com bons amigos; a hora que mais necessitamos só temos os amigos”.
