15.7 C
Francisco Beltrão
quinta-feira, 19 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Arroz e feijão ficaram mais caros; carne bovina e o leite tiveram retração

Batata teve aumento em 2023 de 17,39%. Foto: Niomar Pereira/ JdeB.

Da assessoria e JdeB – Houve aumento de preços dos alimentos na região Sudoeste no mês de dezembro, conforme pesquisa do Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD) da Unioeste/Francisco Beltrão. Teve aumento no custo médio da cesta básica com elevações de 3,53% em Dois Vizinhos, 5,58% em Francisco Beltrão e 0,36% em Pato Branco. A cesta de maior valor médio foi registrada em Francisco Beltrão, atingindo R$ 608,89, seguida por Dois Vizinhos, com R$ 599,37, e Pato Branco, com R$ 579,31.

Apesar do aumento registrado em dezembro, o panorama para o ano de 2023 revela uma diminuição do valor da cesta básica em 15 das 17 capitais pesquisadas. Nos três municípios do Sudoeste, os resultados anuais apontam uma retração de 3,37% em Pato Branco, um aumento de 1,32% em Dois Vizinhos e um acréscimo de 1,25% em Francisco Beltrão.

A pesquisa da cesta básica de alimentação realizada mensalmente pelo Dieese evidenciou, para 2023, retração nos preços médios da carne bovina de primeira, do feijão carioquinha, do café em pó, do óleo de soja e da farinha de trigo em todas as capitais. O preço médio da carne bovina de primeira teve retração em todas as capitais pesquisadas e também na região. Em Francisco Beltrão a queda no ano foi de (- 6,00%) e em Dois Vizinhos de (-6,53%). Em Pato Branco houve alta de (5,77%) no ano.

- Publicidade -

No acumulado de 2023, o preço do óleo de soja recuou em Francisco Beltrão (-28,33%), em Dois Vizinhos de (-32,03%) e em Pato Branco (-33,71%). O preço médio da farinha de trigo teve queda de 10% nos municípios pesquisados da região. O preço médio do leite integral reduziu em 2023, oscilando entre (-3,78%) em Dois Vizinhos e (-11,43%) em Pato Branco. O preço médio do quilo do arroz agulhinha aumentou em todas as capitais pesquisadas, bem como na região onde oscilaram a taxas de (8,42%) em Pato Branco e (30,52%) em Francisco Beltrão.

O tradicional arroz com feijão que faz parte da dieta quase diária da imensa massa de brasileiros apresentou aumento expressivo de preços em Francisco Beltrão ao longo de 2023. Arroz 30,52%, feijão 28,86% e pão 9,28%. Por outro lado, a carne de primeira teve queda de 6% e o leite de – 10,37%, assim como o óleo de soja – 28,33%.

Preços de alimentos e bebidas caíram 0,14%

Da assessoria – O Índice de Preços Regionais – Alimentos e Bebidas (IPR), calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), registrou queda de -0,14% em 2023, apontando deflação. O índice compila dados de seis grandes municípios paranaenses (Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu).

Percentuais – Em 2023 foram registradas quedas de preços de – 1,81% em Curitiba; – 0,79% em Foz do Iguaçu; – 0,70% em Ponta Grossa e de – 0,13% em Maringá. Por outro lado, Cascavel (1,10%) e Londrina (1,46%) registraram altas, mas com índices inferiores aos observados em anos anteriores, que chegaram na casa de 21,42%.

Queda – Segundo o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio, essa queda de 2023 é a primeira observada após três anos de variações em alta (2020, 2021 e 2022). “Entre 2020 a 2022, fatores como pandemia, guerra da Ucrânia, elevação de custos e clima impactaram o preço dos alimentos. Já em 2023, a safra recorde e o aumento de produtividade contribuíram para aliviar o preço dos alimentos para os consumidores”, explicou.

Mais significativas – As quedas mais significativas foram lideradas pelo óleo de soja (-28,45%), cebola (-16,44%) e café (-14%), reflexo da safra recorde de grão e da recuperação da produção. Por município, o óleo de soja apresentou a maior variação negativa anual em Curitiba (-30,34%), Ponta Grossa (-29,90%), Maringá (-28,73%), Cascavel (-27,76%), Foz do Iguaçu (-27,59%) e Londrina (-26,30%).

Altas – No polo das maiores altas no ano passado estão laranja-pera (41,84%), arroz branco (31,84%) e tomate (20,56%). Os aumentos observados em laranja e arroz estão relacionados à insuficiência de oferta frente a demanda e ao baixo estoque do cereal. No caso do tomate, as ondas de calor extremo impactaram a produção e elevaram os preços.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques