Turismo Social do Sesc Paraná alcança resultados históricos e projeta crescimento em 2023.
Por Niomar Pereira
Com a melhora da situação econômica da população, o setor de turismo tem ganhado destaque e se tornado mais procurado. O turismo é um importante segmento da economia, gerando empregos e impulsionando os municípios. Desde o ano passado, a maioria dos empreendimentos ligados ao turismo no Paraná têm apresentado resultados positivos, acompanhando a melhora da pandemia de covid-19.
Os destinos turísticos paranaenses têm registrado números expressivos, como o recorde de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu em junho, com a presença de 124 mil pessoas. Os resultados acumulados até o momento em 2023 também têm sido promissores. Curitiba foi recentemente surpreendida pelo número de visitantes durante o feriado de Corpus Christi, com alguns hotéis alcançando 100% de ocupação, algo incomum até alguns anos atrás. Em julho de 2022, os números relacionados ao turismo na capital paranaense superaram os registros do mesmo período em 2019.
O Turismo Social do Sesc Paraná também acompanhou essa retomada, alcançando resultados históricos em 2022. “Foi o ano em que a atividade teve os melhores resultados de todos os tempos”, comenta Augusto Zortéa, gerente de Turismo Social do Sesc Paraná. A entidade faz parte do Sistema Fecomércio que completou 75 anos.

“Houve um crescimento de 15% no número de clientes atendidos e no número de viagens realizadas em comparação ao melhor ano anterior, que havia sido em 2019. As expectativas para 2023 são otimistas, com o objetivo de superar os resultados alcançados em 2022”, complementa.
De acordo com ele, o Turismo Social é uma das atividades do programa Lazer do Sesc. Além do Turismo Emissivo e Receptivo, o Turismo Social engloba os meios de hospedagem Sesc. Atualmente, a rede Sesc conta com 31 meios de hospedagem em todo o Brasil, incluindo o Sesc Caiobá, localizado no litoral paranaense. Além disso, está em construção o Hotel Sesc Cascavel, situado em meio rural, com previsão de entrega ainda este ano.
Augusto explica que no Paraná, a Gerência de Turismo Social do Sesc atua como uma operadora, formatando e operando os roteiros que são comercializados pela instituição. As unidades do Sesc, por sua vez, funcionam como agências, vendendo os pacotes de viagem já formatados pela operadora.
Números expressivos
Os números do Turismo Social do Sesc são impressionantes. Em 2022, 9.594 clientes viajaram com o programa, enquanto neste ano (até junho) mais de 4.500 pessoas já realizaram viagens. Somente no Hotel Sesc Caiobá, mais de 59.000 pessoas foram hospedadas em 2022.
Francisco Beltrão e Pato Branco
O Turismo Social organiza viagens com saídas de todas as cidades onde há unidades do Sesc no Paraná. No ano passado, foram realizadas 17 viagens com saídas de Francisco Beltrão e Pato Branco para diversos destinos, como Recife, Porto de Galinhas, Jalapão, João Pessoa, Sesc Caiobá, Rio de Janeiro e Petrópolis, entre outros. Em 2023, já foram organizadas 15 viagens, com destaques para São Luís e Lençóis Maranhenses, Treze Tílias, Maceió e Sesc Caiobá. “A expectativa é que os números deste ano superem os do ano passado”, projeta Augusto.
Augusto relata que uma das vantagens de utilizar a rede do Sesc para viagens é o acesso a serviços de qualidade a preços mais acessíveis para os trabalhadores do comércio e seus dependentes. “O Sesc tem como missão promover ações que contribuam com o bem-estar e a qualidade de vida desse público. Além disso, o Turismo Social e a rede de hotéis do Sesc oferecem diferenciais como o padrão de atendimento Sesc, confiança e credibilidade, segurança, qualidade dos serviços e fornecedores, políticas flexíveis de cancelamento, facilidade de pagamento e parcelamento, bom custo-benefício e foco na experiência do cliente.”
Turismo seguro e acessível: família Veroneze
celebra mais de 20 anos de viagens pelo Sesc

Pedrinho Veroneze e Neuza Maria Nesi Veroneze, moradores de Francisco Beltrão, têm uma história especial de mais de duas décadas de viagens pelo Sesc, totalizando mais de 10 jornadas por diversos locais do país. A experiência proporcionada pela organização e interação promovida pelo Sesc entre os integrantes das viagens, juntamente com a sensação de segurança transmitida, tem sido motivo para que cada vez mais pessoas optem por explorar o turismo pós-pandemia, priorizando a qualidade de vida. “As instalações do Sesc são excelentes e funcionários atenciosos e receptivos.”
De acordo com Neuza, “percebemos que as pessoas têm procurado viajar mais no pós-pandemia, priorizando qualidade de vida, e isso impacta positivamente no setor de turismo”. Para ela, a escolha de viajar pelo Sesc oferece a certeza de uma viagem acessível e segura, com todo o suporte necessário, desde a locomoção até o seguro viagem, além da presença de guias extremamente atenciosos, prontos para dar assistência em todas as necessidades.
Ela acredita que muitas pessoas pararam para fazer um momento de reflexão após a pandemia, fazendo com que repensassem suas prioridades e estilo de vida, considerando a perda de entes queridos e conhecidos. “As viagens pelo Sesc têm proporcionado não apenas momentos inesquecíveis, mas também a oportunidade de valorizar o tempo ao lado de pessoas especiais.”
Diretor da Agência IGR/Turismo destaca
crescimento do turismo regional

Adriano Radaelli, diretor da Agência IGR/Turismo (Instância de Governança Regional), falou com a reportagem do JdeB sobre o impulso que o turismo regional tem recebido após o período de pandemia de covid-19.
Segundo ele, um trabalho intenso tem sido realizado para movimentar os municípios e destacar os atrativos turísticos locais, visando atrair visitantes que agora buscam destinos menos badalados e mais recolhidos.
“Durante a pandemia, muitas pessoas passaram a buscar locais alternativos, onde pudessem se sentir bem e protegidas ao mesmo tempo. Esse novo comportamento despertou um desejo nas pessoas de visitar lugares menos explorados, beneficiando a região como um todo. O turismo rural tem sido uma das principais opções, juntamente com a crescente demanda pela gastronomia local.”
Adriano informa que uma pesquisa divulgada pela Secretaria de Estado do Turismo do Paraná (Setu), mostrou que a maioria dos entrevistados (45,6%) pretende viajar para o interior do Paraná, modificando o cenário anterior, onde a maioria dos turistas concentrava-se nas Cataratas do Iguaçu e nas praias.
Adriano reforçou o trabalho em parceria com os municípios, Conselhos Municipais de Turismo e os responsáveis pelos Departamentos dos Municípios, visando capacitar proprietários de locais atrativos para receber os visitantes que mudaram seus hábitos no pós-pandemia.
Pesquisa revela perfil e preferências dos turistas paranaenses
Uma pesquisa conduzida pela SETU – Secretaria de Estado do Turismo do Paraná teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o perfil, preferências e hábitos de consumo turístico da população paranaense em relação ao turismo no estado.
Os resultados obtidos contribuem para uma melhor compreensão das motivações e desafios relacionados às práticas turísticas dos paranaenses, além de identificar possíveis necessidades de melhorias e oportunidades para o setor de turismo no estado.
De acordo com os dados da pesquisa, 82,2% dos entrevistados pretendem viajar até dezembro deste ano, sendo que a maioria, 74,9%, planeja realizar viagens a lazer ou passeio. Dos que irão viajar, 48,1% têm o intuito de fazê-lo com os familiares, enquanto 30,8% optarão por viagens apenas com o cônjuge.
Quanto à duração das viagens, 56,7% dos entrevistados pretendem ficar de 3 a 5 dias no destino escolhido. O meio de hospedagem preferido continua sendo o hotel, com 28,5% das preferências, seguido por casa de parentes e amigos com 19,9%, imóvel alugado no Airbnb com 14,7%, pousada com 14,5% e hotel de lazer com 10,4%.
Os meios de transporte escolhidos para as viagens também foram analisados, e a pesquisa revelou que 81,1% dos entrevistados pretendem ir de carro próprio ou alugado, enquanto apenas 3,6% optarão por viajar de avião.
Entre os principais motivos que levam os paranaenses a escolherem realizar viagens estão a possibilidade de viajar e descansar (22,5%), o interesse na gastronomia e produtos locais (19%), a visita a lugares históricos e culturais (15,9%), e a busca por atividades relacionadas à água (14,8%).