
JdeB – A Igreja Católica vai promover em 2025 o Ano Jubilar. Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente da Regional da CNBB no Paraná, presidiu a Assembleia dos Bispos em Francisco Beltrão entre os dias 24 e 26 que discutiu assuntos internos, entre eles o Ano Jubilar, e da realidade sociopolítica do Estado.
Dom Geremias explicou ao JdeB sobre o ano especial para os católicos. “O Ano Jubilar tem como objetivo ser uma retomada da esperança. O Santo Padre, na sua experiência, nas visitas aos países, na sua pastoral, vamos dizer assim, percebe muito a falta da esperança. No capitalismo, parece que as pessoas não têm mais esse olhar para frente, que faz com que a gente lute com mais garra nesse momento. Então, o Papa quer reapresentar a esperança, a esperança cristã que não decepciona. Não é esperança numa pessoa ou num projeto simplesmente, mas é esperança que vem do próprio Deus no Mistério da Santíssima Trindade. Todas as dioceses estão programando o Ano Jubilar. Nós, lá em Londrina, vamos ter momentos jubilares todo terceiro e quarto sábado do mês, durante 2025. Além, naturalmente, da abertura, do encerramento, e ainda assim as paróquias poderão também programar uma atividade da própria paróquia, na catedral, assim por diante, com uma programação para que todos possam ter acesso facilitado”, explicou.
Encontro positivo
Dom Geremias, que atuou na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão e residiu até a juventude em Sulina, falou sobre o encontro que aconteceu no Centro Diocesano de Lideranças. “Eu avalio muito positivamente a nossa assembleia. Nós tratamos de assuntos, vamos dizer assim, alguns que deram mais discussão do que outros, alguns que a gente pensava que seriam fáceis em termos de discussão, acabaram sendo vistos em outros vieses, então aprofundaram-se as discussões, de modo que o programa teve que ser refeito duas vezes para conseguirmos dar conta do trabalho. Fiquei muito contente, porque eu, assim, analiso por aquilo que eu vejo, que eu conheço do Regional, que eu vivo do Regional desde os tempos, inclusive de estudante e tudo, que nós estamos num caminho muito bom. Teve a participação total dos bispos, a não ser o dom Adênis, que estava em viagem por conta da formação dos bispos novos que se dá em Roma nesse tempo. E os bispos paranaenses, eles participam, dão sua opinião e fazem com que nós tenhamos muita segurança na condução do trabalho”, comentou dom Gereminas.
Entre os temas discutidos pelos arcebispos e bispos, a Missão Católica São Paulo 6º, em Quebo, Diocese Bafatá, na Guiné-Bissau, na África, os investimentos que precisam ser feitos, algumas mudanças, Ano do Jubilar, os bispos partilharam os passos que já foram dados, as programações que estão sendo feitas e como o povo vai ser envolvido. “O Papa quer que ele aconteça o mais perto do povo possível. Então, cada diocese, nós nem definimos nada a nível de Regional [da CNBB], não vamos fazer nada sendo de Estado do Paraná. Por quê? Porque é para fazer as coisas nas dioceses. Portanto, cada bispo com seu clero, suas lideranças, seu povo, vai viver o jubileu a partir desses princípios que nos vêm do Concílio Vaticano 2º, agora a sinodalidade, a questão das indulgências, uma formação, uma retomada da fé, uma retomada do anúncio do querigma, essas questões, uma retomada do batismo, por exemplo, a ideia de que somos todos batizados, tudo isso deverá ser retomado”, informou.