
JdeB – ASN – O presidente da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), Clóvis Cuccolotto (PSD), médico-veterinário e prefeito de São João, comemorou a conquista, pela Associação dos Produtores de Queijos Coloniais (Aprosud), junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), da certificação de Indicação Geográfica (IG) para os queijos artesanais da região. A IG garante que o queijo colonial produzido aqui “tem suas próprias características culturais, históricas”, entre outras questões.
“É uma conquista para o Sudoeste do Paraná. Parabenizamos a Aprosud, pela organização empenho, dedicação pelo nosso queijo do Sudoeste. Agora, poderemos expandir as fronteiras, poderemos vender mais e sabendo que é um produto característico do nosso Sudoeste. Realmente, a nossa região é diferenciada. Mas além da Aprosud, pelo seu empenho e dedicação, nós temos que reconhecer e agradecer ao governador do Paraná, Ratinho Júnior, pela aprovação da lei que criou o Susaf, que possibilitou expandir a venda dos nossos produtos do Sudoeste, entre eles o queijo, para todo o Brasil. E isso fez a grande diferença. E aí os produtores acreditaram no projeto”, comentou Clóvis.
Ele destacou as parcerias de entidades que ajudaram nesta conquista. “Também teve a Amsop, que é parceira de todas as entidades e movimentos do Sudoeste que tragam recursos e visem o crescimento do Sudoeste. Não podemos esquecer todo o pessoal da Seab, IDR e da Adapar. Sem eles não seria possível fazer toda essa inclusão, aonde o governador determinou e esses profissionais fizeram seus trabalhos. Estão de parabéns todas as entidades, os produtores de leite, por acreditar no projeto, na qualidade do leite. A região está de parabéns e a Aprosud mais ainda. Assim que se trabalha no Sudoeste, com união, determinação e acreditando que cada vez mais nós podemos melhorar o nosso Sudoeste.”
O gerente da regional Sul-Sudoeste do Sebrae, Cesar Collini, destaca a tradição regional na atividade queijeira. “Isso já tem resultado na oportunidade dos produtores de ampliarem suas vendas e o Sebrae/PR tem contribuído com isso, fomentando o acesso deles a novos mercados, a participação em feiras, concursos e premiações”. Ele lembra que o produto vai ganhar maior importância. “A conquista da IG é extremamente importante porque vai agregar valor ao produto, algo que vem sendo conquistado com muito esforço, de longa data, com uma determinação coletiva de todos os parceiros engajados neste processo e que agora somos agraciados com este reconhecimento. Traz ainda mais competitividade, inovação, agrega valor, a oportunidade de uma maior renda no campo e, especialmente, de desenvolvimento para os nossos produtores”, observou Cesar.
18 queijarias
A Indicação Geográfica vai beneficiar 18 queijarias que fazem parte da Aprosud. Entre elas, a família de Angela Bach, de Santa Izabel do Oeste, que produz desde os anos 1990. Nesta família, a relação com o queijo ultrapassa gerações. “Uma tradição passada de avó para os filhos e, consequentemente para nós, netos. Tudo começou com duas vacas de leite, de forma artesanal. Ao longo desses anos, passamos por dificuldades, tivemos desafios, mas crescemos. Essa conquista da IG representa muito, porque traz reconhecimento a essa história que se repete em tantas outras famílias”, pontua Angela.
A produtora conta que a propriedade produz cerca de 800 litros de leite por dia e entrega queijo em toda a região. “Produzimos o queijo colonial, queijo colonial temperado e queijo colonial Tia Paulina (maturado). Todos seguem receitas familiares e produzidos com leite das nossas vaquinhas, felizes, da propriedade”, conclui Angela.