
Era fim da década de 70 quando Valdir Machado dos Santos, 58 anos, iniciava o trabalho na empresa da família Simonetto. Na época, vindo de Santa Izabel do Oeste para morar com a família em Ampere, ele assumia a função de caminhoneiro para fazer entregas na região Sudoeste e em Curitiba. “Foi dessa forma que comecei na profissão. Eram dias e dias na estrada. Era bem trabalhoso e não se tinha as facilidades de hoje em dia”, relembra em seu escritório dentro de uma das maiores indústrias de móveis planejados do País.
Em entrevista ao Jornal de Beltrão, Valdir conta diversas histórias dos 17 anos que foi caminhoneiro. Uma delas foi logo quando casou, isso na década de 1980.
“Vivi muitas histórias nesse período. Recordo-me que não se tinha horário para trabalhar, rodava até quando podia. Não tinha dia e nem hora para pegar a estrada. Casei num sábado e na segunda-feira cedo já estava indo viajar.”
Diretor de transportes
Com larga experiência no volante, Valdir não tinha intenção de deixar a profissão. Porém, certo dia o empresário Ivan Simonetto o chamou para uma conversa. A intenção da empresa era promover ele para diretor de transportes. Ou seja, deixaria as estradas e cuidaria do setor responsável pelo transporte da produção dos móveis. “Vou completar 18 anos nesse cargo. Parece que foi ontem que fui chamado para trabalhar nisso. No primeiro mês eu estranhei um pouco. Tudo era novidade, mas hoje estou muito feliz. Vou completar 43 anos de empresa, em agosto. É uma honra para mim.”
Quem pensa que agora é mais tranquilo se engana. O então caminhoneiro agora tem muito mais trabalho. Numa tarde de terça-feira ensolarada, quando a entrevista para esta matéria foi feita com seu Valdir, ele estava em meio a telefonemas, troca de mensagens pelo celular e conversas com colegas de trabalho, entre eles motoristas que chegavam de viagem e outros que se preparavam para iniciar mais uma.
Responsabilidade do setor
“Eu fico de plantão 24 horas por dia. Tudo que acontece com os caminhões e com os pedidos é responsabilidade do nosso setor. Se o caminhoneiro tiver problemas a gente conversa e vamos ajustando. Se estragar um dos veículos é comigo que tem que falar para resolver. Sem contar o contato com os lojistas espalhados por todo o Brasil. Tem que estar atento a tudo.”
Avanço da tecnologia
O colorado Valdir foi motorista quando os caminhões não eram modernos como os de hoje. A tecnologia evoluiu e agora se tem mais facilidade, não que não se tenha os desafios do dia a dia na estrada. “A empresa tem a frota própria. Cuidamos do caminhão quando chega de uma viagem até iniciar e retornar de outra. Hoje em dia, tem mais facilidade para tudo. Desde a comunicação com o caminhoneiro com WhatsApp até a monitoramento do veículo. A tecnologia contribuiu para facilitar o contato com parceiros, com lojistas e fornecedores.”
Sobre aposentadoria, seu Valdir diz: “Por enquanto não pensei nisso. Minha satisfação é trabalhar nesse grupo empresarial e contribuir ainda mais com o desenvolvimento da Simonetto. Quero me aposentar aqui mesmo”.