
Por Beto Rossatti – Uma atividade que começou como hobby é, hoje, fonte de renda para um empresário em Palmas. A criação de coelhos já lhe deu um prêmio nacional.
Ele tem no seu plantel o maior coelho do Brasil, uma fêmea da raça de gigantes originária da Nova Zelândia. A cunicultura, como é conhecida a criação de coelhos, é uma boa opção no Brasil. O país tem clima favorável. Os coelhos gostam do clima temperado, e aqui no sul do Brasil se adaptaram muito bem.
O Brasil produz atualmente cerca de 75 mil toneladas anuais de carne de coelho, longe de atender a demanda interna, muito menos a externa. A França leva praticamente toda a produção nacional para seu país. A criação de coelhos do empresário Rafael Luchese Thaler, em Palmas, é a maior do Sudoeste e uma das maiores do Estado.
Rafael conta com a ajuda da família para cuidar do plantel – até as crianças participam. A esposa Simone Thaler, que ajuda no trabalho, destaca a facilidade no manejo dos coelhos. “São animais dóceis, de fácil manejo e todos da família podem ajudar.”
Maior coelho do Brasil
Rafael recebeu o troféu de uma competição nacional realizada por uma associação de cunicultores do Rio Grande do Sul. Ele tem em seu plantel a maior coelha do Brasil, pesando 9,3 quilos. Ela faz jus à denominação de raça de coelho gigante. Rafael destaca que a maior dificuldade para a criação no Brasil é a falta de assistência técnica.

“Nós vamos na base da tentativa e erro, e assim vamos ajustando as técnicas de criação que utilizamos no manejo aqui na minha criação”, diz o criador.
Os coelhos são resistentes, e o manejo tem na higiene do ambiente onde os animais estão a melhor ferramenta para manter o plantel saudável. “Os coelhos são animais que exigem um ambiente limpo, e deve-se evitar o contato com as próprias fezes, porque o ambiente sujo favorece o surgimento de doenças, principalmente verminoses.”
Mercado Pet e culinária
Os coelhos da criação de Rafael têm destinação mista, como na maioria dos criadores do Brasil, com os animais vendidos para Pet e também para o consumo da carne na culinária. Na visita à propriedade, o filho de Rafael, Artur, preparou um coelho assado na churrasqueira. Ele disse que os coelhos do plantel do pai são de alto padrão genético e possuem uma gordura adicional na carcaça que permite o preparo na churrasqueira. Rafael é um defensor do uso do coelho na culinária de formas diferenciadas, e assado na churrasqueira é uma delas.
“O coelho é preparando geralmente na panela, porque tem fama de ficar muito seco, rijo no espeto, mas provo que isto é um mito, fica uma verdadeira especiaria na churrasqueira.”
O coelho preparado para a degustação foi submetido à prova real e, de fato, a carne tem um sabor e textura diferenciados, é saborosa e de alto valor nutritivo.