
Ele jogou em Eneas Marques, Salto do Lontra, Ampere, Nova Esperança do Sudoeste, Beltrão…
Seu Celeste Mendes, morador em Ampere, jogou futebol dos 16 aos 35 anos. Mas a família de seu Celeste, os Mendes, foram pioneiros de Eneas Marques. Ali, seu Amélio e irmãos se dedicaram à música, agricultura e futebol.
No futebol, seu Ete atuava em qualquer posição, exceto de goleiro, e contou um pouco de sua saga para o JdeB no encontro de confraternização de ex-jogadores e ex-dirigentes do Jaracatiá, no último sábado, 4.
“Nós rodamos a região inteira jogando futebol”, disse Ete. Ele jogou com os irmãos Amélio, Lauro e o João, no Jaracatiá. “E depois os mais velhos foram parando e a gente ficou continuando. E daí eu rodei a região inteira porque joguei na Nova Esperança, no Salto do Lontra, em Ampere, joguei uma Taça Paraná pelo União, duas taças pelo Jaracatiá. Então, nós vivíamos por ali, peleando a nossa família inteira”, disse.
Ete trabalhava de agricultor como outros familiares. “Fomos colonos a vida inteira”, conta. Ele comentou emocionado ao falar sobre as cinco mortes na família, três delas da família Mendes – Tonho, Amélio e Edgar – e cunhados em pouco tempo. “Dentro de um ano, um ano e pouquinho, foram cinco da nossa família. Então, o ano passado eles estavam aqui com nós, agora não estão mais [emoção]. É, a gente fica triste, mas a vida é assim”, lamentou.