
JdeB – Em toda a região Sudoeste, somente Pato Branco possui UTI pediátrica, que atende crianças a partir de um mês de idade até adolescentes, habilitada ao SUS (Sistema Único de Saúde). E são apenas três leitos para atender a demanda de toda a região. A quantidade é insuficiente e, quando os leitos já estão ocupados, pacientes precisam ser levados para internamento em Cascavel ou Curitiba, conforme disponibilidade via central de regulação.
A necessidade de atendimento de alta complexidade para o público infantil começou a ganhar corpo nas últimas semanas, com a proposta de implantação de UTI pediátrica no Hospital Regional do Sudoeste, em Francisco Beltrão. O novo serviço desafogaria Pato Branco e poderia ampliar a disponibilidade para moradores do Sudoeste e de outras regiões do Estado.
Nesta semana, o deputado estadual Wilmar Reichembach e o vice-prefeito de Francisco Beltrão, Antonio Pedron, se reuniram com César Neves, secretário de Estado da Saúde, para reforçar o pedido. De acordo com o secretário, já estão sendo feitos estudos para a implantação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva exclusivos para crianças no Hospital Regional Walter Alberto Pecoits.
“O Sudoeste carece muito dessa estrutura pediátrica de alta complexidade, por isso ficamos muito felizes em levar essa importante notícia à população, e por termos mais essa demanda atendida pela equipe da Sesa e do Governo do Estado”, afirmou Reichembach. A dupla ainda discutiu com a Sesa a ampliação do HRS e a necessidade de estruturação da vigilância sanitária local, para agilizar os processos que dependem do parecer da instituição, como a abertura de empresas e consultórios.
UTI mista
Para implantar a UTI pediátrica é necessária uma equipe com intensivista especializada no atendimento de crianças, além de médicos plantonistas, enfermeiros e fisioterapeuta. O JdeB apurou que cerca de quatro leitos seriam suficientes para atender a demanda da região, mas pelas regras do Ministério da Saúde, a equipe mínima é necessária para atender os quatro ou até dez leitos. Por isso que, internamente, se discute a possibilidade de criar um UTI mista, mantendo os dez leitos neonatais do Hospital Regional e habilitando novos leitos pediátricos na mesma ala.
Em recente entrevista ao JdeB, o secretário de Saúde de Eneas Marques e presidente do Cresems (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde), Leandro Legramanti, frisou que a necessidade de UTI pediátrica é o “principal vazio assistencial” na área da saúde na região, reconhecendo a estruturação de outros serviços importantes nos últimos anos. (Com informações da assessoria)