Para o proprietário, local é uma forma de lazer e passatempo.

Há mais de três décadas, o Moinho Colonial de Enéas Marques tem sido um marco na comunidade, operado com dedicação e paixão pelo seu Lírio Zambon. A história de seu Lírio no município começou em 1979, quando se casou e, após alguns anos morando em outras localidades, decidiu comprar o moinho que opera até hoje.
“Comprei o moinho há cerca de 33, 34 anos, mas comecei a trabalhar com ele efetivamente há 8 anos, após me aposentar, aos 65 anos”, conta seu Lírio. O moinho, na época conhecido como Moinho Preto, era um ponto tradicional onde todos iam buscar farinha de qualidade. “Era um moinho desativado, mas eu comprei, montei aqui em casa e está funcionando desde então.”
Mesmo com a modernização e a concorrência dos supermercados, a procura pela farinha do moinho de seu Lírio continua firme. “Antigamente havia muitos moinhos aqui na região, hoje restam poucos. Mas a minha farinha ainda é bastante procurada”, comenta. Ele destaca que utiliza apenas milho de boa qualidade e que a produção mensal chega a 70, 80 quilos.

Para seu Lírio, o moinho é mais do que uma fonte de renda; é uma forma de lazer e passatempo. “Além de não depender financeiramente do moinho, ele me ajuda a passar o dia de forma produtiva. Limpo o milho, ensaco a farinha e selo os pacotes. Também tenho outras fontes de renda, como aluguéis, o que me permite encarar o trabalho no moinho com mais leveza.”
O moinho, montado manualmente por seu Lírio e seu pai, reflete a habilidade artesanal aprendida na marcenaria. “Eu mesmo quis montar o moinho, aproveitando o que aprendi com meu pai. E está aí, funcionando até hoje”, comemora.
Aos 73 anos, seu Lírio continua ativo e orgulhoso do seu trabalho, mesmo sem grandes planos de expansão para o futuro. “Hoje, eu prefiro viver minha vida tranquilamente, atender meus clientes e desfrutar do que conquistei ao longo dos anos. O moinho, para mim, é uma forma de manter a tradição viva e passar o tempo de maneira agradável.”

