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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.219

05/06/2025

AGRICULTURA FAMILIAR

Na 2ª geração, Granja Guadahin expande e produz de leite a grãos

Sede da Agropecuária Guadahin, na comunidade de Vista Alegre. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB.

JdeB – Seu Vilson Guadahin é um dos pioneiros da comunidade de Vista Alegre, interior de Enéas Marques. Quando se casou com Glória Razera, recebeu o sítio com um chiqueiro e uma porca, e foi aí que deu início à sua trajetória na suinocultura. Ao longo dos anos, acompanhou a evolução do setor, com a segmentação da criação por fases e a chegada das integradoras, e se firmou como um dos principais produtores do município.

Mas a família não se limitou apenas à criação de suínos. O filho Hermes desde jovem mostrava apreço pelo gado de leite, e quando tinha apenas 13 anos começou a profissionalizar o plantel da família: do leite tirado “pro gasto” passou a fornecer para laticínios a produção que chegou a 12 mil litros/mês. Isso no início dos anos 90.

Depois, passou a trazer vacas de melhor qualidade para a região, comercializando os animais com produtores vizinhos, foi aumentando seu rebanho e se dedicando cada vez mais à produção.

Com o tempo, vieram novas oportunidades de diversificar os negócios da família. Hermes passou a atuar também na produção de grãos e hoje cultiva cerca de 500 hectares entre áreas próprias e arrendadas. Das lavouras, tira soja, milho pra silagem e trigo. Na parte de suínos, é integrado à BRF e possui 560 matrizes – seu papel é fornecer leitões com pouco mais de 20 dias para os crechários.

Acompanhamento técnico do rebanho é constante e com profissionais qualificados, feito pelo veterinário Cassio Luiz Malys do Escritório do Leite. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB.


Na área dedicada ao leite, são 310 vacas em lactação e que produzem cerca de 10 mil litros por dia, em duas ordenhas. Os animais da raça holandesa ficam confinados em áreas com sistema compost barn e free stall. Por último, Guadahin também está investindo na criação de gado de corte, em uma área arrendada: tem cerca de 250 cabeças (entre matrizes e bezerros) de nelore e cruzamento industrial, visando o fornecimento para outros criadores.

Todas essas atividades envolvem, além da família, mais de 20 trabalhadores fixos – número que aumenta em determinados períodos em que há necessidade de mão de obra temporária. Do sítio pequeno à profissionalização do negócio, Hermes avalia a trajetória no agronegócio.

“Desde criança fui apaixonado pela lida na propriedade, com os animais. E tendo uma base que veio do meu pai, estamos dando continuidade nessa história visando diversificar as atividades e ter sempre um negócio rentável, apesar dos desafios”, cita.

Hermes Guadahin destaca a diversificação de atividades. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB.

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