Por Beto Rossatti – As obras de revitalização da BR-280, no trecho que liga Pato Branco a Mariópolis, seguem em ritmo acelerado, com a utilização de tecnologia de ponta na aplicação de pavimento de concreto. A informação foi detalhada pelo engenheiro do DER que acompanha a obra, Paulo Roberto Melani, em entrevista que destacou a agilidade da empresa responsável na execução dos trabalhos, visando minimizar os transtornos para a população.
Apesar do avanço significativo, os motoristas que trafegam pela rodovia devem estar atentos aos bloqueios temporários. Melani explicou que, seguindo o modelo dos lotes anteriores, o sistema de “pare e siga” permanece por 24 horas, impossibilitando a liberação total das duas pistas durante o dia e de noite. A média de espera nos bloqueios tem sido de aproximadamente uma hora e meia, podendo variar conforme o fluxo de veículos e o andamento específico dos trabalhos.
“A nossa média de espera continua sendo aquele padrão que sempre foi de uma hora e meia. Lógico que você pode levar azar de repente num dia, num horário que você passar, esperar um pouco mais. Às vezes pode levar a sorte e acabar a fila liberando, mas a média é uma hora e meia”, detalhou Melani.
Ele justificou o tempo de espera pela combinação do alto volume de tráfego na rodovia e pela lentidão no processo de travessia dos caminhões, que precisam passar devagar pela área da obra, levando de 30 a 40 minutos para percorrer o trecho bloqueado que é de 18km entre Pato Branco e Mariópolis.
Avanço da pavimentação
Apesar dos transtornos causados pelos bloqueios, o progresso na pavimentação em concreto impressiona. Segundo Melani, a média de aplicação tem sido de 800 metros por dia, com a chegada de 70 a 80 caminhões de concreto diariamente, totalizando cerca de mil metros cúbicos usinados no local. Desde o início da obra, na sexta-feira da semana passada, já foram pavimentados 3,5 quilômetros de extensão. Cada caminhão de concreto utilizado corresponde a aproximadamente 10 metros de pista, com uma espessura de 22 centímetros, demonstrando o grande volume de material empregado.
Tecnologia garante qualidade e agilidade
Paulo Roberto Melani ressaltou o uso de tecnologia avançada na execução da obra, comparando o processo a um sistema “robótico”. Todo o projeto é elaborado digitalmente e as informações são transmitidas eletronicamente para a máquina pavimentadora, que opera de forma autônoma, seguindo as especificações do projeto. O cronograma da obra prevê que a primeira etapa, em direção a Mariópolis nos trechos sem terceira faixa, seja concluída até o final de maio. Em seguida, será realizado o mesmo trabalho na pista contrária, no sentido Mariópolis-Pato Branco, também durante o mês de maio. Os trechos com terceira faixa serão executados em junho, devido à necessidade de adaptação da máquina para a largura diferenciada da pista (7 metros com terceira faixa e 6 metros sem). A previsão é que todo o pavimento de concreto esteja liberado para o tráfego até o final de junho.
Diante dos transtornos inevitáveis causados pelos bloqueios, Paulo Roberto Melani fez um apelo à paciência dos moradores do entorno da rodovia e das empresas da região. Ele explicou que a técnica utilizada, de aplicação de concreto sobre o asfalto existente (“white topping”), exige esse tipo de intervenção, especialmente por não haver pista duplicada para desviar o tráfego. “Infelizmente, não tem outra forma. Melani reforçou o pedido de compreensão e sugeriu alternativas para minimizar os impactos, como programar as viagens com antecedência e, para quem vem de Palmas, considerar o desvio por Mangueirinha, apesar de aumentar a distância percorrida. A empresa tem adotado uma medida para facilitar o trânsito de veículos da saúde, liberando o fluxo no sentido Pato Branco entre 6h e 6h40 da manhã, atendendo às necessidades de quem se desloca para consultas, exames e cirurgias na cidade.