Votação acontece sexta, sábado e segunda-feira.

JdeB – Nos próximos dias 6, 7 e 9 (sexta, sábado e segunda-feira), a comunidade escolar vinculada ao Colégio Estadual de Dois Vizinhos está sendo convocada a votar se a unidade ingressa ou não no programa Parceiro da Escola, do Governo Estadual. As votações ocorrerão no dia 6 das 8h às 20h30, no dia 7 das 8h às 17h e no dia 9 das 8h às 20h30. Estão aptos a votar professores efetivos e contratados em Regime Especial, funcionários efetivos e contratados em Regime Especial, pais ou responsáveis por estudantes menores de 18 anos e estudantes maiores de 18 anos completos na data da consulta.
O quórum mínimo será a maioria absoluta do quantitativo integrante da lista de aptos a votar. Na cédula de votação, o público escolherá entre as opções “sim, aceito a implementação do programa Parceiro da Escola” ou “não, recuso a implementação do programa Parceiro da Escola”. A abertura das urnas será realizada no dia 9 de dezembro.
Favoráveis e contrários
O chefe do NRE de DV, Dírsio Ferreira da Silva, se posicionou favorável à parceria e listou alguns benefícios em entrevista para a Rádio Educadora FM.
“Procuramos tirar todas as dúvidas dos pais e responsáveis, professores, funcionários, apresentando esse projeto. Essa é uma grande possibilidade que vai impactar na vida dos nossos estudantes positivamente. Não estamos privatizando a escola, estamos terceirizando. A educação continua gratuita no CEDV, não terá mensalidade, taxa, não será cobrado lanche e o diferencial para os filhos é o kit uniforme com três camisetas, três shorts, três calças e um agasalho gratuitamente todos os anos. Esse kit vai ser fabricado na própria cidade. Outro diferencial é que vamos ter segurança especializada, também uma nutricionista de 40 horas que vai coordenar o trabalho das cozinheiras e uma psicóloga 40h no CEDV e uma assistente social fazendo a prevenção. Isso dá mais qualidade de ensino. Toda a manutenção da estrutura física será de responsabilidade da empresa, que vai conseguir resolver isso com mais celeridade, além da questão de não termos mais aulas vagas porque a empresa vai precisar tem profissionais contratados para suprir essas faltas”, declarou.
Eliane Figura, que é servidora concursada e presidente do núcleo sindical da APP-Sindicato de Francisco Beltrão, em entrevista para a Educadora FM, se posicionou contrária ao projeto. “Hoje, o governo é responsável por toda a administração com os nossos impostos. Nos preocupamos que a população tenha garantido seu direito a uma educação pública, de qualidade, administrada com recursos públicos e por agentes públicos. No projeto, o governo faria um custo referencial e vai destinar para as empresas. O pessoal fala que o governo não vai gastar um centavo a mais para ter essas empresas dentro das escolas, mas aí eu pergunto: de onde vem o lucro das empresas? Nós queremos educação de qualidade, queremos aula vaga zero, não queremos alunos andando pela cidade sem aula, uniforme para todas as escolas, todas as crianças, profissionais recebendo salários dignos, mas eu quero que pegue esse dinheiro do lucro que vai para a empresa e invista diretamente na escola. Contrata um diretor-administrativo, uma funcionária para ficar cuidando desse setor. Faz um concurso e fica mais barato contratar dois, três professores para suprir as faltas. A gente defende o direito de uma educação pública e de qualidade com o dinheiro dos impostos”, disse a professora Eliane .