Horários e turnos são diferentes para agentes e policiais. A partir de terça-feira haverá mudança nos horários.
O trabalho das barreiras continua, 24 horas por dia, por tempo indeterminado. É interessante acompanhar como é cada turno dessas pessoas que fazem um trabalho inédito e desafiador. Como disse o 1º tenente Anderson, da PM, no primeiro dia de barreiras, domingo 22 de março, no Portal Italiano do Bairro Alvorada: “Tudo é muito novo, vamos aprendendo com a dinâmica do trabalho”.
Fora aquela furada de barreira que resultou na morte do Nilvo Bortolini, quarta-feira dia 25, não foram registrados maiores incidentes. Mas muito se deve à estrutura montada em cada barreira; as pessoas são obrigadas a seguir as determinações. “Só doido, mesmo, pra passar direto”, como muitos já comentaram.
Em Francisco Beltrão tem quatro: uma na saída para Itapejara, uma na saída para Dois Vizinhos, uma na saída para Ampere e uma no Contorno Leste. Começou domingo, dia 22. O objetivo é controlar a circulação do coronavírus, o causador da atual pandemia. As entradas secundárias estão trancadas, de modo que, de carro, todos são obrigados a passar em um desses quatro pontos.
Cada equipe é formada por agentes comunitários de saúde, agentes de trânsito, policiais ou bombeiros e voluntários. O trabalho consiste em abordar todos os veículos que estão entrando ou saindo da cidade. Os agentes precisam saber a procedência e o destino de quem está chegando e medem a temperatura. Se estiver elevada, encaminham para exames e passam a fazer monitoramento por 14 dias, para certificarem-se se pode ou não ser suspeito de coronavírus. Quem sai da cidade recebe documento que deve ser entregue numa próxima barreira.
Quem se identifica como morador do município e com necessidade de passar mais vezes, recebe um adesivo e passa a ter passagem direta pela barreira.
Os turnos são de seis horas: das 7 às 13 horas, das 13 às 19, das 19 à uma da madrugada e da uma às 7 da manhã.
Os agentes de trânsito fazem seis horas e folgam 24, de modo que vão mudando os horários, passando por todos. As agentes de saúde que trabalham de dia repetem os turnos, diariamente, mas quem faz o turno da madrugada trabalha um dia e folga no outro. O comentário ouvido pela reportagem, das próprias agentes, é que ninguém queria pegar os turnos da madrugada, daí veio essa vantagem.
Os policiais seguem sua rotina de fazer 12 horas e folgar 36. Os voluntários não são escalados numa sequência, mudam a cada dia e a cada turno. O que foi observado é que somente os agentes de saúde e de trânsito fazem um revezamento regular. Alguns turnos começam sem presença de policiais e de voluntários.
Os comentários
Comentários ouvidos dos integrantes das barragens:
– Das 7 às 13 horas é o melhor turno, é mais fresco e o movimento é razoável.
– Das 7 da noite à uma também é bom, refresca e o movimento é menor.
– O pior é das 13 às 19 horas, o movimento é grande, o sol judia da gente e o tempo não passa.
– De madrugada tem pouco movimento, mas a gente vai conversando, tomando café. ”Eu tomei uns café meio doido, não senti sono. Agora vou pra casa (7 da manhã) e é um pacote na cama. Levanto pra almoçar e volto pra cama de novo.”
Terça-feira mudam os turnos das barreiras
Até segunda-feira, os turnos continuam iguais, cobrindo as 24 hora do dia. A partir de terça-feira, dia 31, segundo informação do coordenador das equipes, enfermeiro Júnior Nesi, haverá três turnos de seis horas. O primeiro começa às 6 da manhã e vai até o meio-dia, o segundo será das 12 às 18 horas e o último do dia, das 18 às 24 horas.
