A acne tem sido um dos problemas de pele mais frequentes durante a pandemia.

Em meio à pandemia, doenças de pele podem se agravar, alguns hábitos adquiridos neste período, juntamente com o estresse, interferem diretamente na qualidade e saúde da pele.
Uma pesquisa realizada em abril deste ano pelo Jornal da Academia Europeia de Dermatologia, sobre as reações cutâneas causadas pelo uso de equipamentos de proteção individual, comprova que 35,5% dos funcionários de um hospital que usavam máscaras N95 apresentaram regularmente acne, dermatite facial e pigmentação da região nasal, bochechas e queixo. Neste estudo, a acne foi uma das lesões mais prevalentes, sendo um problema emergente durante a pandemia.
Mesmo não sendo um profissional da saúde que faz uso de máscaras N95, as máscaras cirúrgicas ou de tecido, usadas no dia a dia, também trazem inconvenientes. A utilização por um longo período cria atrito na pele, e a falta de ventilação no local faz uma oclusão dificultando a ventilação, aumentando assim a oleosidade, e consequentemente o aparecimento de “espinhas” (acne).
A acne é uma afecção crônica do folículo pilossebáceo, sofre interferência genética e ambiental. Ocorre com um processo inflamatório e é caracterizada pela presença de pústulas, pápulas, comedões (cravos) e dependendo do grau de severidade, até nódulos. Impactando negativamente na qualidade de vida.
Para a professora Djulian Vorpagel, do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Paranaense (Unipar), Unidade de Francisco Beltrão, e esteticista em clínica de dermatologia e estética, é cada vez mais frequente as queixas de que a pele está mais oleosa e com acne principalmente na região do queixo.
“Como não sabemos até quando teremos que usar máscaras, é necessária uma rotina de cuidados específicos com a pele diariamente com orientação de um profissional. O tratamento estético é uma boa alternativa para o gerenciamento da acne, interferindo no seu ciclo de desenvolvimento: controlando a oleosidade, desobstruindo os poros, diminuindo a proliferação de bactérias e inflamação, mantendo a pele livre de impurezas e prevenindo sequelas como manchas e cicatrizes. Para agir na melhora desse quadro é necessário conhecimento e vivência na prática clínica, sendo fundamental a formação acadêmica para atuação na área.”