Ele está entre os cerca de 380 idosos que estão recebendo a vacina da Covid-19 em Beltrão.
Seu José Maria Flores, de 91 anos, gosta de conversar, visitar os amigos e receber a família em casa, na Linha Hobold, em Francisco Beltrão, coisas que a pandemia do coronavírus está impedindo desde o ano passado.
Mas ontem, acompanhado da filha Lucrécia Glória Flores e da neta Taila Vicelli, ele recebeu a vacina CoronaVac, na Unidade de Saúde da Cango, e espera aproveitar o tempo que o vírus lhe roubou.
“Ele ficou faceiro, disse que hoje [terça] foi um ótimo dia e que tá pronto pra ultrapassar a barreira dos 100”, conta Taila. Seu João Maria tem diabetes, carótida obstruída, toma medicação para ansiedade e já sofreu um AVC. Por isso, a neta afirma que ele aguardava a vacina com expectativa: “Pedia sempre se a gente já tinha notícia da vacina”.
Como sempre ressaltado pelos órgãos de saúde, seu José Maria e as demais pessoas que receberam a vacina ainda precisam manter os cuidados de prevenção — uso de máscara e álcool em gel e distanciamento social — e aguardar a aplicação da segunda dose, que ocorre aos 25 dias para a CoronaVac e após três meses para a Oxford/AstraZeneca.
Em Francisco Beltrão, foram disponibilizadas 380 doses para idosos com 90 anos ou mais, de acordo com uma estimativa dessa população feita pelo IBGE.
Quem tem condição de locomoção, deve procurar umas das unidades de saúde para receber o imunizante — Alvorada, São Miguel, Vila Nova, Industrial, Cango, Conjunto Esperança, Pinheirinho e Sadia.
“Quem mora onde não tem agente comunitário de saúde que acompanha, teria que fazer um contato conosco, na Secretaria ou nas unidades, pra pegar endereço e nome pra vacinar em casa”, informou o secretário de Saúde, Manoel Brezolin, em entrevista à Rádio Onda Sul FM.
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