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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Aumenta para dez o número de casos domésticos de dengue

Mutirão de limpeza continuará em diversos bairros.

Em pouco mais de uma semana aumentou para dez o número de casos domésticos de dengue em Pato Branco. Por conta do aumento do número de casos a Secretaria Municipal de Saúde está mobilizando a cidade com várias ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. O dia D para o combate à dengue será no dia 17 de fevereiro, segunda-feira, no Bairro Bortot, dia 18, terça-feira, nos bairros Sambugaro, Amadori, Jardim das Américas e Jardim Primavera, no dia 19, quarta-feira, no Bairro São Francisco e no dia 20, quinta-feira, no Parque de Exposições, Bairro Fraron.

Nos demais bairros as ações acontecerão em datas a ser definidas. A secretária municipal de Saúde, Márcia Fernandes de Carvalho, disse em entrevista coletiva que o mutirão será realizado para uma estratégia de emergência no combate à dengue. “Nós temos que mobilizar toda a comunidade de forma rápida, porque o avanço da doença pode ser geométrico, temos cidades do Paraná que em poucas semanas atingiram condição endêmica, e estão sem leitos hospitalares para tratar os doentes”, afirmou a secretária.

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Aedes aegypti é um mosquito preguiçoso
Quatro casos numa única família no Distrito de São Roque do Chopim. Esse fato chama atenção para o comportamento do mosquito Aedes que, por assim dizer, é um inseto preguiçoso e não gosta de se deslocar por grandes áreas. Segundo Wilson Braum, do Departamento de Vigilância Epidemiológica, o mosquito vetor, que é a fêmea não voa para áreas distantes.

“Geralmente ela fica na casa, no local próximo onde os ovos eclodiram se alimentando das pessoas da família e continuando seu ciclo curto de vida e reprodução”, diz. Por isso as pessoas precisam fazer um pente fino em todos os pontos do imóvel para evitar que a doença faça novas vítimas a partir da picada do mosquito. “Sua fase mais ativa são as primeiras horas da manhã e final de tarde quando as pessoas precisam estar mais atentas e de preferência usar repelente”, explicou.

Reunião discutiu a continuidade dos mutirões nos bairros.

 

Em Beltrão, 10 casos suspeitos de dengue em investigação

JdeB – O município de Francisco Beltrão teve 21 notificações de casos suspeitos de dengue desde o início deste ano, sendo que, em 11 casos os exames deram negativo e já foram descartados pelo Setor de Combate a Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde.

Outros dez casos estão em investigação e à espera dos resultados dos exames laboratoriais. No Bairro Vila Nova há um caso em investigação. A enfermeira Tânia Lise, do Setor de Combate a Endemias, diz que os casos suspeitos foram detectados em vários bairros.

Quando ocorre a notificação de caso para verificação, é feito um trabalho de bloqueio nas quadras em volta da residência onde há o paciente suspeito de ter dengue. Este trabalho de bloqueio é feito em até 24 horas, para evitar que o mosquito se prolifere e leve a novos casos da doença.

Mutirão técnico prossegue
O mutirão técnico no perímetro urbano prossegue. Hoje os funcionários das secretarias municipais de Saúde, Meio Ambiente e Viação e Obras e militares do Exército/16º Esquadrão, vão visitar empresas, prédios e residências da região central para orientar as pessoas, comerciantes e seus funcionários sobre os cuidados para combater possíveis focos que possam favorecer a proliferação do Aedes, transmissor da dengue.

Prefeitura não recolhe
Tânia alerta que o mutirão técnico e a Prefeitura de Beltrão não estão recolhendo entulhos, restos de construção, madeiras, móveis, pneus e galhos de árvores. Os galhos e móveis velhos devem ser levados para um imóvel que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente definiu, na PR 566, na saída para Itapejara D’Oeste. Os pneus velhos devem ser levados ao ecoponto localizado na Rua São Roque, Bairro da Cango.

 

Mais de 20 mil casos de dengue no Paraná

AEN e JdeB – O último boletim de infestação predial que apresenta o Levantamento de Índices Rápido para o Aedes aegypti, o LIRAa, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, aponta que em 331 municípios há infestação do mosquito Aedes, representando 82,96% do Estado. Até o começo desta semana, o Paraná já tinha mais de 20 mil casos confirmados de dengue.

No período de 2 de janeiro a 6 de fevereiro, dos 399 municípios do Paraná, 103 estão classificados em situação de risco de epidemia; 160 em alerta e 114 em situação satisfatória para o IPP (Índice de Infestação Predial). Os demais não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento.

O município com maior índice de infestação predial do Aedes é Terra Boa, na Região Noroeste do Estado, com 14,80% IPP por 100 mil habitantes.

O novo boletim confirma mais seis mortes por dengue nos municípios de Jesuítas, Peabiru, Maringá, Ivatuba, Paiçandu e Sertaneja, totalizando 13 mortes no Estado. Os dados apontam 20.563 casos confirmados, 5.866 a mais que na última semana e 3.446 em investigação. O número de notificações subiu para 64.825, um aumento de 31,05% em sete dias.

 

Sintomas de dengue clássica
• Febre alta com início súbito (entre 39º a 40º C).
• Forte dor de cabeça.
• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
• Manchas e erupções na pele, pelo corpo todo, normalmente com coceiras.
• Extremo cansaço.
• Moleza e dor no corpo.
• Muitas dores nos ossos e articulações.
• Náuseas e vômitos.

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