Neuza Francio reside há 18 anos na Inglaterra.

Dia 6 de dezembro completou 18 anos que a beltronense Neuza Francio reside na Inglaterra, onde é proprietária de uma empresa de limpeza. Ela é casada com Peter e reside em Aylesbury, que fica 15 km de Londres. Nesta semana, a Grã-Bretanha começou a vacinar sua população, incluindo os estrangeiros. Neuza conta que sua sogra, que é natural de lá e tem 95 anos, já se vacinou e ficou bem feliz.
De acordo com Neuza, os brasileiros também serão vacinados, desde que tenham registro no “posto de saúde” local. Não há discriminação, o único critério é a idade. Ela lamenta que no Brasil a questão da vacinação tenha sido politizada. Londres retomou o lockdown na quinta-feira, 17.
Desde o início da pandemia na Europa, os tradicionais pubs mudaram muito, porque tiveram que reduzir o número de pessoas para trabalhar, já que praticamente não tinha clientes, porque o governo liberou apenas para fazer refeições e não para beber, como é de costume, para não acumular pessoas, principalmente na frente dos pubs.
“Dia 4 de dezembro encerrou o lockdown, mas dia 17 voltou a fechar para quem mora em Londres.”
Quanto à vacina, Neuza comenta houve dois casos de reação alérgica, mas apesar disso está sendo bem aceita e todos estão ansiosos para receber, inclusive ela. “O governo começou a vacinação pelos idosos, profissionais de saúde e cuidadores de idosos, que representam uma grande parcela da população; esses já tomaram. Depois vem por ordem decrescente de idade.” Ainda não há previsão para Neuza ser vacinada, mas quando chegar sua vez eles enviarão um e-mail para avisá-la. “Por ser um país pequeno, é bem organizado.”
Apreensão
Neuza relata que, no primeiro lockdown, a população entrou em pânico; foi quando adotou-se o uso de máscaras e assim se sentiram mais seguros. “Continuamos fazendo nossas caminhadas, por exemplo, mas sempre com máscara. Todos têm medo e um corrige o outro, quando esquece a máscara.”
Neuza tem uma empresa de limpeza e também precisou se adequar, capacitando suas funcionárias. “Muitos escritórios chamavam todos os dias pra esterilizar. Há dois meses as escolas voltaram a funcionar. Já os idosos, em geral, desistiram do serviço.”
Com a diminuição do trabalho, o governo pagou 80% do salário dos que estavam parados. “Agora, se a vacina não der volta, é grande o risco de o país quebrar, já que as pessoas não estão trabalhando”, constata.
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