O médico Badwan Jaber fala sobre como tratar a doença, sintomas e prevenção.
O câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso, que é subdividido em cólon e reto. Segundo informações do Hospital do Câncer de Barretos, uma característica importantíssima desses tumores é que a maioria deles têm origem em pólipos, que são pequenas elevações na parede do cólon ou do reto e que crescem muito lentamente, podendo levar muitos anos para se tornarem malignos. Isso permite que esses pólipos possam ser retirados antes de se tornarem em tumores, através da colonoscopia.
Ainda conforme orientações do Hospital do Câncer de Barretos e também do Instituto Nacional do Câncer, os fatores de risco desta doença estão atrelados a uma dieta rica em carnes vermelhas, alimentos processados (salsichas, mortadelas) e gorduras, não praticar exercícios físicos, obesidade, tabagismo, alcoolismo, idade acima de 50 anos, fato de já ter tido pólipos, história familiar de câncer intestinal, entre outros.
Sinais e sintomas
O sangramento ao evacuar é o sinal mais comum, anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com mais de 50 anos, alterações no hábito intestinal (diarreia ou intestino preso), desconforto abdominal com gases ou cólicas, permanência da vontade de evacuar mesmo após a evacuação, chamam a atenção de que a causa possa ser um tumor. Emagrecimento intenso e inexplicado, fraqueza, fezes pastosas e escuras, e sensação de dor na região anal também podem estar relacionados com tumores. Caso apresente algum desses sinais e sintomas procure um médico. Salientamos que outras doenças, que não o câncer, também podem apresentar alguns desses sintomas.
Prevenir quer dizer evitar os fatores que estão relacionados com o desenvolvimento de câncer colorretal. Adotar uma dieta rica em frutas, verduras e vegetais, evitar carnes vermelhas e embutidos, praticar exercícios físicos, combater a obesidade, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso, são atitudes importante na prevenção. Entretanto, há necessidade de se submeter a exame de rastreamento, uma vez que essas medidas não são 100% eficazes. O exame mais importante e eficiente continua sendo a colonoscopia, que consegue visibilizar todo o cólon e reto, e se encontrar algum pólipo pode retirá-lo, evitando que se transforme em um tumor maligno (prevenção) ou até tratando uma vez que tumores pequenos nos pólipos podem ser curados com a retirada desses pólipos. Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos. Quando há casos na família a colonoscopia deve ser iniciada mais precocemente.
Diagnóstico e tratamento
O tratamento nos tumores iniciais geralmente é menos agressivo, através da retirada de pólipos e lesões pela colonoscopia ou por cirurgias com ressecções dos tumores. Nos tumores maiores há necessidade de cirurgia (convencional, laparoscópica ou robótica). Nos tumores do reto pode haver necessidade de radioterapia e quimioterapia.
Conforme o médico gastroenterologista Badwan Jaber, da clínica ProGastro, de Francisco Beltrão, hoje a região já dispõe do que há de mais moderno e seguro em diagnóstico e tratamento das doenças do aparelho digestivo, trazendo à região os mais recentes avanços na especialidade. Para dr. Badwan, que possui residência médica em Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo e pós-graduação em Coloproctologia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, “os exames e procedimentos endoscópicos mostram a evolução trazida ao nosso meio, contribuindo com o conforto do paciente, sendo muitos destes procedimentos são realizados de forma pioneira na região”.
Saiba mais sobre a ‘Má digestão’
Você sabia que o termo popular “má digestão” é atribuído a qualquer sintoma relacionado à digestão dos alimentos? Segundo o médico Badwan Jaber, estas são situações que atrapalham a rotina médica e muitas vezes causam apreensão, “pois indicam que algo não está funcionando de maneira adequada no nosso organismo”. Dor no estômago, azia, estufamento, náuseas, empachamento, queimação epigástrica, alterações no ritmo da frequência e consistência das fezes, dores no baixo ventre, são todos sintomas de que o aparelho digestivo está desregulado, e que precisa, portanto, de uma avaliação especializada. “Com os exames adequados, podemos avaliar os diversos órgãos responsáveis pela nossa digestão e assim tratar de maneira específica a disfunção”, destaca dr. Badwan.