
do Jovem Empresário de Francisco Beltrão (Conjefb): “O que
mais choca é quando tratamos homens de 50, 60 anos
de idade e a doença não tem mais cura”.
Um assunto sério foi tratado no Café Acefb de terça-feira, 4, na Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb). De acordo com o médico urologista Luis Fernando Dip, pelo menos 69 mil casos de câncer de próstata são diagnosticados todos os anos no Brasil. Isso dá uma média de um caso confirmado a cada sete minutos. “Na maioria das vezes, a doença não apresenta sintomas e a patologia aparece em homens entre 45 e 50 anos de idade. Reforço que é muito importante o diagnóstico precoce, pois agiliza o tratamento, diminuindo as chances de morte do paciente. As mulheres têm papel preponderante nessa questão, pois geralmente elas marcam as consultas para seus maridos, namorados e demais familiares”, diz o especialista.
O doutor Dip afirma que o câncer de próstata é o segundo mais incidente em homens, atrás apenas do câncer de pele. “A hora que damos a notícia que o paciente tem a doença dá um choque. Contudo, o tratamento hoje em dia é menos agressivo do que há algumas décadas. Se o indivíduo esperar surgir sintomas, como dificuldade para urinar e dor óssea na região das costas, é mais complicado, fazendo com que as chances de cura cheguem a apenas 5%.” Tanto o tratamento com cirurgia quanto com radioterapia impulsiona a recuperação plena do paciente entre 80% e 90%. “Nós passamos essas condições para pacientes e familiares. São eles que definem o que fazer para tentar a cura da doença”, explica Dip.
Um dos participantes da reunião questionou sobre a possibilidade de a doença se manifestar antes dos 40, 45 anos de idade. “Se o homem tem histórico familiar, é bom fazer o exame preventivo”, alerta Dip. Segundo ele, fumantes e homens da raça negra são mais propensos a desenvolverem a patologia. Ricardo Belentani, também urologista, destacou que “basicamente o fator genético e os fatores ambientais como a alimentação podem influenciar no surgimento da doença”.

dúvidas dos participantes da reunião.
Impotência sexual
Informações do site novembroazul.com.br dão conta de que “existe risco de o homem ter disfunção erétil depois do tratamento do câncer de próstata, mas tende a ser menor se o tratamento for realizado logo que a doença é detectada. A disfunção erétil pode ser temporária enquanto o paciente está em recuperação. Mas, no caso de a disfunção ser permanente, há medicamentos, próteses e implantes que funcionam na maioria dos casos.”
Tabu vem caindo
Ir ao médico fazer o toque retal (através do ânus) para diagnosticar o câncer de próstata ainda provoca calafrios em muitos homens. Doutor Dip tranquiliza. “O toque é rápido, dura uns 15 segundos e não é dolorido. Hoje em dia os homens estão mais conscientes.” Há também um método menos invasivo, que é o exame de PSA. “É o exame de sangue, que é feito com mais frequência. Com o exame de sangue é possível analisar a taxa de desenvolvimento da doença”, frisa Dip. “O que mais choca é quando tratamos homens de 50, 60 anos de idade e a doença não tem mais cura. Seria o momento em que ele aproveitaria para curtir a família. Infelizmente, toda semana atendo esses casos”, lamenta doutor Dip.
Novembro Azul
A campanha Novembro Azul em todo o Brasil intensifica neste mês a prevenção e o tratamento da saúde do homem, em especial contra o câncer de próstata. No próximo dia 17 é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.