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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Casos de febre amarela em Minas Gerais preocupam autoridades de Saúde no Paraná

Paraná é região de risco para a doença e a vacinação é obrigatória no Estado.

 

 

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A notícia da existência de casos de morte por febre amarela no Estado de Minas Gerais nos últimos dias causou preocupação nas autoridades de Saúde de todo o País. Em poucos dias, o número de casos suspeitos no Estado mineiro dobrou. Até ontem, já eram 48 registros em investigação, com 16 confirmações em exames inicias e 14 mortes já confirmadas. 
Segundo o jornal Folha de São Paulo, dados de municípios mineiros apontariam um número bem maior de casos. De acordo com o Ministério da Saúde, os casos registrados estão concentrados em 15 municípios do Estado e teriam ocorrido em áreas rurais, em regiões onde existe a recomendação da vacina. 
Assim que a notícia se espalhou, autoridades de Saúde de todo o País entraram em alerta, principalmente nos estados e regiões que representam risco para a doença, como é o caso do Paraná. Por aqui, até agora não foram registrados casos suspeitos da doença, mas em anos anteriores houve registros de casos importados no Norte do Estado, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
O farmacêutico Benvenuto Juliano Gazzi, chefe da Vigilância Epidemiológica da 8ª Regional de Saúde, de Francisco Beltrão, revela que o Estado tem preocupação com os casos e há acompanhamento e controle rigorosos. “A preocupação é constante. O principal indicador da presença da doença são os macacos. É acompanhado o comportamento deles e o óbito de macacos em matas e florestas é um sinal que precisa ser monitorado e informado às autoridades de Saúde do município ou região. O Paraná é uma área de transição, por isso essa preocupação constante e a vacinação obrigatória em nosso Estado”, esclarece Juliano. 
Segundo o Ministério da Saúde, houve também um registro de óbito em Ribeirão Preto, em São Paulo, região onde tem ocorrido um aumento de morte de primatas, forte indicativo da circulação do vírus da febre amarela.

Vacinação precisa estar em dia
A Secretaria de Saúde alerta a população para que monitore suas vacinas contra a febre amarela. Segundo Juliano, a melhor forma de evitar a doença é a imunização pela vacinação. “A vacina está disponível em todo o Estado e cada município organiza suas campanhas de imunização e divulga para suas comunidades. As pessoas que não foram imunizadas, devem procurar as secretarias de Saúde de seus municípios para mais informações. Mas informamos que existe disponibilidade de vacinas em todo o Estado”, ressalta. 
O Ministério da Saúde está reforçando a orientação para que todas as pessoas que moram no País ou que vão viajar para locais com recomendação da vacina sejam imunizadas. A preocupação crescente das autoridades é pelo fato de estarmos no período mais chuvoso do ano, o que aumenta a presença de mosquitos, inclusive o Aedes aegypti, principal vetor do vírus da febre amarela.
A forma de prevenção, especialmente para quem vive ou frequenta regiões de matas, florestas e rios, é a vacina contra a febre amarela. Conforme a 8ª Regional de Saúde, a partir dos 9 meses de idade a criança já pode receber a primeira dose e um reforço deve ser realizado aos 4 anos de idade. Crianças acima de 5 anos que ainda não receberam nenhuma devem ser vacinadas e receber um reforço dez anos depois, ou seja, aos 15 anos de idade. Pessoas que já receberam duas doses da vacina não precisam mais fazer nenhum reforço, a não ser que pretendam viajar para regiões de risco ou países que exigem o reforço da dose. Não é recomendada a aplicação da vacina em gestantes, mulheres amamentando e idosos, apenas com orientação médica. 

Dados
A febre amarela urbana é considerada erradicada do Brasil desde 1942, mas a febre amarela silvestre continua sendo transmitida por vírus hospedado em macacos e fazendo vítimas em todo o Brasil. Entre julho de 2014 e dezembro de 2016 foram notificados 783 casos da doença, mas apenas 14 foram confirmados.
Existe um tratamento para esta doença, no entanto, cerca de 20 a 50% das pessoas infectadas pelo vírus da febre amarela morrem. A evolução da doença é considerada rápida. De três a seis dias os sintomas já se manifestam após a infecção e alguns desses sintomas se apresentam já de forma bem grave com hemorragias. *Com informações do G1 e Folha de São Paulo.

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