Ontem, ele e outros prefeitos participaram de reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
O prefeito Cleber Fontana, de Francisco Beltrão, participou ontem de reunião por videoconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O principal assunto tratado foi o planejamento e execução da campanha de vacinação contra a Covid-19.
Durante o encontro, o ministro fez uma explanação sobre os preparativos para a campanha e também respondeu perguntas dos prefeitos sobre a distribuição da vacina para todo o Brasil e as prioridades para a imunização.
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Participaram da videoconferência mais de 100 prefeitos, de 16 capitais e outras maiores e mais importantes cidades do Brasil. “Foi gratificante ser convidado pelo ministro para a reunião, pois toda a nossa população tem uma grande expectativa em relação à imunização. Acredito que logo o nosso município receberá a vacina para que possamos vacinar os beltronenses”, disse Cleber.
À tarde, em entrevista à Rádio Onda Sul FM, o prefeito deu mais detalhes da conversa com o ministro e projetou para dia 20 de janeiro o início da vacinação no Brasil.
“Domingo é o prazo final para a Anvisa se manifestar em relação às duas vacinas, a CoronaVac (do Butantan, seis milhões de doses) e a da Índia, para buscar dois milhões de doses. Dando tudo certo, na terça-feira, 19, o ministro vai fazer, provavelmente junto com o presidente da República, porque é no Palácio do Planalto, um anúncio do cronograma das vacinas. Ali eles vão dizer quantas vacinas vão pra cada Estado, o dia que vai receber, enfim, toda essa organização de logística, e aí os estados começam a distribuir para os municípios. Nós acreditamos que, se der tudo certo, na quarta-feira, 20, já inicie no Brasil a vacinação”, declarou ao repórter Marcelo Marcos.
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A logística para Beltrão será definida após apresentação do cronograma pelo Governo Federal. Ainda não é possível determinar por qual meio de transporte as doses chegarão aos municípios. “É uma questão de tempo pra chegar em Beltrão, não sei se vamos mandar uma aeronave buscar, se vem por caminhão distribuindo nas cidades, se eles vão mandar por aeronave, isso tudo vai ser detalhado na terça-feira. Vamos torcer que dê tudo certo e que a gente possa disponibilizar essa vacina o quanto antes, claro, com toda a segurança. Primeiramente os profissionais da saúde, que estão mais expostos; num segundo momento a população mais idosa e assim sucessivamente”, acrescentou Cleber.
De acordo com o prefeito, se as doses que chegarem nessa leva não forem suficientes para todos os profissionais de saúde, por exemplo, serão priorizados aqueles que atuam em unidades da linha de frente no atendimento a casos suspeitos e pacientes infectados, como UPA, Hospital Regional, Hospital São Francisco e Policlínica.
Eficácia da vacina
Questionado se acredita na eficácia da vacina que será distribuída— a CoronaVac apresentou 50,38% de eficácia global, 78% para casos leves e 100% para casos moderados e graves —, o prefeito destacou o conhecimento que o País tem em campanhas de vacinação e que não se pode negar a vacina à população:
“Nós temos que lembrar que o Brasil faz mais de 30 anos que vacina toda a sua população, nós recebemos mais de 20 vacinas todo ano, umas pra determinada idade, outra pra crianças, outra pra gestantes. Nós temos um know-how muito grande em vacinar a população e nunca houve nenhum tipo de polêmica em relação à vacina. Claro, estão sendo produzidas muito rápido, mais uma vez a humanidade bate o recorde.
A última vacina que nós produzimos, foi a da caxumba, se não me falha a memória, levou quatro anos, e essa o mundo todo se debruçou, hoje temos uma tecnologia maior e produzimos em poucos meses.
Mas nós temos que acreditar, não há como, não existe outra forma, uma vez que o mundo inteiro começa a vacinar, mais de 100 países estão vacinando, por que o Brasil seria diferente? Por que Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, França, países que têm conhecimento científico muito mais avançado que o nosso, estão submetendo a sua população à vacinação e nós, brasileiros, iremos dizer ‘não, pra nós não serve’?
Eu acho um pouco de prepotência, que me perdoem os que discordam, mas nós não temos o direito de negar a vacina à nossa população. Quem não quiser se vacinar, tem a liberdade de não se vacinar, mas ela vai estar à disposição, no que depender do poder público de Francisco Beltrão”.
