Quem responde é a psicóloga Marina Thibes.

As pessoas estão vivendo um momento que tem causado uma sensação de estranhamento em todos, profissionais da área de saúde ou não. “Enquanto sujeitos estamos todos sofrendo os efeitos deste momento, que jamais foi cogitado. A ciência médica, tecnológica e áreas afins, debruçadas nas pesquisas de vacinas, medicamentos, tratamentos funcionais e efetivos a um curto espaço de tempo. As áreas humanas e da saúde mental estão atentas aos efeitos subjetivos e de sofrimentos, causados pela pandemia”, ressalta Marina Thibes, psicóloga e coordenadora da Clínica Municipal de Saúde Mental, especialista em clínica psicanalítica e arteterapia.
“Deste modo, vamos respondendo ao momento, sempre seguindo as orientações dos profissionais de saúde através dos cuidados com o contágio, prevenção, bem como atentos à responsabilidade conosco e com os outros”, acrescenta. Em relação ao aspecto subjetivo, ela destaca que as pessoas estão lidando com as situações conforme elas vão surgindo, elaborando e simbolizando o que é vivido.
Neste sentido, “a palavra é o que pode organizar todas estas sensações como medo, desespero, desamparo, tristeza, ansiedade e angústia diante da ameaça de morte, que é real. Mas de esperança também, apostando na vida, na possibilidade de novos arranjos diante desta situação tão estranha e difícil que nos tomou de forma tão inesperada”.
Dentro deste contexto, os profissionais da área de saúde mental são importantes, assim como outros profissionais que estiverem disponíveis pra acolher e escutar. “Além dos profissionais da área da saúde, acho importante pensarmos sobre a necessidade, me arrisco a dizer que talvez neste momento mais do que em outros da nossa história atual, precisemos estabelecer relações mais generosas e solidárias”.
Endereço
A Clínica Municipal de Saúde Mental fica na Rua Bahia, Bairro P. Kennedy, e atende das 7h às 11h30 e das 13h às 17h.