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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

“Constatamos que 41% dos criadouros estão dentro de casa”, diz Edson Spiassi

O último Levantamento Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) apontou um índice de 3,2% no município.

Sinal de alerta: o mosquito passou a ter criadouros dentro de casa.

As divulgações dos números dos Levantamentos Rápidos de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), nos últimos tempos, vem trazendo números acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%, em Dois Vizinhos. A última medição ficou em 3,2%, no entanto, assustou por uma situação: foram encontradas muitas larvas dentro das casas. O trabalho anterior era focado na limpeza de piscinas, calhas, pátios e terrenos baldios, entretanto, percebeu-se as larvas dentro de casa é um ciclo mais curto na vida do mosquito Aedes.

“Vínhamos fazendo arrastões, pensávamos em criadouros de mosquito em coisas grandes, eram os nossos maiores índices, mas no último levantamento, constatamos que 41% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa. E, nesse caso, a primeira pessoa que vai correr risco é o morador. Foram descobertas várias larvas e criadouros nas fontes de água, que são pequenas. Outra situação são as plantas aquáticas e aquários de peixes e tartarugas. Isso é muito preocupante. A orientação é não ter, mas se tiver, é necessário trocar a água, lavar constantemente pois o mosquito em três, quatro dias coloca ovos, vem a larva e já vira mosquito. A limpeza tem que ser muito rápida”, disse Edson Spiassi, secretário de Saúde de Dois Vizinhos, em entrevista à Rádio Educadora.

Outra preocupação são as férias, onde os duovizinhenses estão transitando, nas suas viagens, por diversas cidades. “Não estamos tendo doentes na nossa cidade porque não temos infectados. Vale lembrar que o mosquito precisa picar alguém doente para começar a infestação. O detalhe é que temos muita gente em férias, viajando e isso gera um risco grande porque pode ajudar a iniciar uma epidemia. Pedimos para as pessoas usarem repelente se forem para regiões de infestação e, claro, que também precisamos eliminar os criadouros”, completa.

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No Paraná
O secretário Edson Spiassi destaca a situação preocupante da dengue no Estado. “Nós participamos de uma reunião na 8ª Regional onde começamos a tomar algumas precauções e ficar mais atentos.

Sabemos que não temos caso aqui em 2020, mas o Paraná, se comparar, é assustador: nesse período no ano passado eram cerca de 200 casos e agora estamos com oito mil. É um aumento de mais de 4.000%. Vários municípios estão com epidemia e o período mais crítico não chegou, é de agora até o começo de março. Nosso índice é muito alto, em 3,2%, quando passa de 1% é perigosíssimo e por isso o alerta, por isso pedimos para a população não descuidar”, conclui.

Relembrando
Durante o ano de 2019, foram feitos diversos Levantamentos Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) em Dois Vizinhos: em janeiro, o índice estava em 7,7%, em março chegou a 9,6%, em junho 8,8%, em julho 2,1%, em setembro foi para 0,7% e em outubro chegou a 2,2%. O ano começou com um avanço: o índice está em 3,2%.

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