Um total de 2.158 pessoas perderam a vida, incluindo 1.420 somente na região de Milão.
O mundo está assistindo atônito o avanço da pandemia de coronavírus. Na Itália já são mais de 2.000 mortos, com 349 falecimentos nas últimas 24 horas (até ontem à tarde), segundo o balanço publicado na segunda-feira. Um total de 2.158 pessoas perderam a vida, incluindo 1.420 somente na região de Milão, a Lombardia (norte). O contágio não mostra sinais de desaceleração, uma vez que as autoridades de saúde detectaram mais 3.200 casos positivos.
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A beltronense Ana Palavicini, que reside em Verona (Itália), há 15 anos, conta que as famílias estão confinadas dentro de suas casas e o clima é de pânico. “Estamos fechados em casa, tá horrível, muito triste. Ainda muitas mortes e muitos contágios.” Segundo ela, as pessoas só podem sair de casa para trabalho, supermercado ou por questões de saúde. “Meu marido trabalha com distribuidor de água e café. Ele trabalha porque precisa fornecer pro hospital e mercado, mas não sabemos até quando.”
Ana contou que ela, o esposo (Muriel) e o filho (Pietro) retornaram do Brasil dia 5 de março, onde passavam férias. “Já estava tudo parado. Tínhamos o voo direto a Milão tivemos que mudar a rota, descemos na Alemanha pra depois chegar em Milão. Se eu soubesse de tudo isso não tinha voltado neste momento.”
As pessoas que saem de casa sem uma justificativa válida recebem multa da polícia italiana. Outra preocupação é com o desabastecimento das cidades. “Hoje fui no supermercado e as prateleiras estão quase vazias. Os shoppings todos fechados. Lojas, escolas, escritórios, bares e restaurantes tudo fechado. No mercado pode entrar uma pessoa por vez. Sai um, entra outro. Sempre de luva e máscara. ”
Ela comenta que os moradores têm se reunido nas sacadas dos prédios para cantar todos juntos o hino da Itália. “Tá sendo muito bonito muito comovente. Cada um na sua sacada, cantamos todos juntos.”
Ana manda um alerta para os brasileiros: “Eu vejo nas redes sociais o povo tirando onda, se eles soubessem como a nossa rotina, as nossas vidas se transformaram. Parem de tratar a doença como uma brincadeira e tomem as precauções.”
