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Francisco Beltrão
quarta-feira, 11 de junho de 2025

Edição 8.224

12/06/2025

Coronavírus: Como alguns países têm tanto contágio e ainda assim tão poucas mortes?

Na Itália, diante do caos nos hospitais, as pessoas começaram a respeitar mais as normas governamentais.

Ludiani Somavila e o marido, Jordan Gambetta, moram na Itália há 12 anos.

Lá nasceu a filha, Isabela, 10 anos.

Esta declaração é de Ludiani Somavila, que é natural de Nova Prata do Iguaçu, mas há 12 anos reside na Itália com o marido, Jordan Gambetta, de Salto do Lontra; a filha, Isabela, 10 anos, nasceu lá. Ela comenta que nas duas últimas semanas, diante do caos nos hospitais, as pessoas começaram a respeitar mais as normas governamentais. No decreto do dia 22, domingo, o governo decretou fechamento de todas as atividades comerciais não essenciais pra vida. Até então, construção civil e algumas indústrias de produção estavam produzindo, agora apenas supermercados, farmácias e postos de combustível continuam ativos.

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Os policiais estão nas ruas, fazendo blitz e alertando para importância do isolamento. “Há um controle das pessoas de carro, podemos rodar no máximo 1 km até o supermercado mais perto de casa.” Além disso, o governo está fazendo a desinfecção das principais estradas e das portas das casas, pra eliminar o vírus. Ludiani acrescenta que os números de mortes estão difíceis de abaixar, porque a população italiana é muito idosa, mas faz um questionamento. “Dos 57 mil casos positivos, são 22 mil pessoas isoladas, 15 mil internadas, 3 mil na UTI e quase 7 mil mortes. Na Alemanha, tem 32 mil casos e agora que passou de 100 mortes. Na Itália, com 50 mil casos, quase 7 mil mortes. A Alemanha tem 30 mil camas de UTI e a Itália não possui nem 5 mil leitos de UTI. Aqui fica um ponto de interrogação: como alguns países têm tanto contágio e têm tão poucas mortes? Não sei se é porque a população italiana é idosa ou é por falta de UTI.”

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Os italianos estão respeitando a determinação para ficar em casa. O decreto segue até 3 de abril, mas ficará em emergência até 31 de julho. Segundo Ludiani, até dia 24 de março foram 6.823 mortes e somente neste dia foram 743 mortes. “Os italianos demoraram um pouco pra entender essa situação, acredito que por isso saiu de controle as emergências e teve contágio muito rápido, porque as pessoas achavam que era uma gripe normal, mas é um vírus de pneumonia.Todos atingidos de uma vez só, a estrutura sanitária não conseguiu dar assistência a todos.”

Ela está confiante: “Agora nos resta confiar e esperar que achem a cura ou a vacina o quanto antes, para podemos voltar à normalidade, arregaçando as mangas com muito entusiasmo, com gratidão, dando o nosso melhor e sendo o que nascemos pra ser”.

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