DHA na redução do triglicérides e aumento do colesterol
O consumo de peixes gordurosos ricos em ômega-3 (EPA e DHA) é recomendado para pessoas saudáveis e para aqueles com pressão arterial elevada, níveis altos de triglicerídeos e doenças cardiovasculares. Na vida selvagem, o peixe acumula o EPA e o DHA pelo consumo de algas marinhas. Recentemente, a alga tem sido cultivada para produzir preferencilamente o DHA e o seu óleo está sendo extraído para a produção de suplementos. No entato, ainda há resultados controversos sobre a sua eficácia na prevenção de doenças cardiovasculares.
Uma meta-análise publicada em 2012 no The Journal of Nutrition demonstrou que a suplementação com o DHA derivado de algas diminuiu significativamente os níveis séricos de triglicerídeos, mas, aumentou os níveis de colesterol, tanto HDL (bom) como o LDL (ruim). A recomendação atual da American Heart Association para pessoas sem doenças cardiovasculares é de 2 porções por semana de peixes, preferencialmente os oleosos, para a obtenção dos níveis adequados de EPA e DHA. Os pesquisadores ressaltaram que apesar dos níveis de LDL terem subido moderadamente o consumo de DHA derivado de algas ainda é uma boa alternativa na prevenção dos riscos de doenças cardiovasculares, como a pressão arterial, a agregação plaquetária e a inflamação. Ressaltam ainda a necessidade do acompanhamento médico com a suplementação por altas doses do DHA, considerando os possíveis efeitos colaterais e a interação com outros medicamentos.
Referências
BERNSTEIN. A.M. et al. A Meta-Analysis Shows That Docosahexaenoic Acid from Algal Oil Reduces Serum Triglycerides and Increases HDL-Cholesterol and LDL-Cholesterol in Persons without
Coronary Heart Disease, The Journal of Nutrition, v.142, p.99-104, 2012.
Por Joyce Rouvier