Evento será no Parque Alvorada, às 14h30, numa organização do grupo de voluntárias de fribromiálgicos: Marize Nascimento, Mariá Oligini Drai, Márcia Inês Biazzi, Claudiane Rios Corlassoli e Verlaine Scabeni.
Um momento para se falar de fibromialgia, que é uma síndrome na qual a pessoa apresenta dores no corpo todo e fadiga durante longos períodos. O grupo de apoio, formado por pessoas fibromiálgicas, organiza um encontro dia 29, próximo sábado, no Parque Alvorada, próximo à quadra de basquete. Será ao ar livre, pra que todos os interessados possam participar. Haverá interação com profissionais. Marize Nascimento de Carvalho Petry, coordenadora do evento, sugere levar cadeiras, tererê e chimarrão, lanche e água. Franciele Antunes e Viviane Vandresen, do Sagrado Feminino, já confirmaram presença.
Em setembro, foi sancionada uma lei garantindo o direito de mobilidade com vaga de estacionamento e as filas preferenciais. Além disso, 12 de maio é um dia alusivo, que deve estar no calendário municipal da Secretária de Saúde, pra que se faça o trabalho de conscientização sobre a síndrome da fibromialgia. “Esse projeto, de autoria do vereador Paulo Gross, foi aprovado por unanimidade, na Câmara de Vereadores. Nesta Lei Municipal nº 4.961, vamos ter a carteirinha como se fosse uma identidade, de portador de fibromialgia”, comenta Marize.
Ela tomou a iniciativa de organizar este evento por ser portadora, diagnosticada há dez anos. “Nas minhas pesquisas, encontrei uma Associação Nacional dos Fibromiálgicos (Anfibro), que luta muito pela causa. Ela percorre com vários projetos por todo o País. A partir daí, eu fiz uma pesquisa pelo Facebook, procurando saber quantas pessoas tinham o diagnóstico na nossa cidade e surpreendentemente tem várias pessoas”, conta.

Segundo Marize, no âmbito nacional, a maior dificuldade é o tratamento correto e o acompanhamento pelo reumatologista, que é o profissional mais indicado a fazer o diagnóstico. Ainda não é considerada uma doença, porque ainda não foi achada a causa dessa síndrome, não tem um exame específico que detecta que a pessoa tem fibromialgia, ela é detectada através de avaliações médicas e, normalmente, os profissionais mais indicados são o reumatologista e o ortopedista.
“Mas o tratamento é o reumatologista que faz. Porém, como nós temos dificuldade, porque temos só um reumato pelo SUS, na região inteira e a fila é imensa. Então, como a gente tem o diagnóstico já comprovado pelo especialista, o médico do postinho pode continuar acompanhando e trocar as receitas”, destaca. O tratamento é caro e não há um medicamento específico.
“O objetivo do grupo é fortalecer vínculos com as pessoas que têm a mesma síndrome e também conseguir outras formas de ajuda, como acompanhamento psicológico em grupo, hidroginástica, pilates, necessários para o andamento do tratamento, porque é uma síndrome que não tem cura, ela vai avançando com o passar do tempo e afeta nosso sistema imunológico, psicológico e a memória”, acrescenta Marize.