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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Dois Vizinhos registra primeira morte de macaco por suspeita de febre amarela

Chefe da 8ª Regional reforça necessidade de vacinação contra a doença.

Em dezembro, profissionais foram capacitados para notificar casos suspeitos de febre amarela em animais.

O município de Dois Vizinhos registrou a primeira morte de macaco por suspeita de febre amarela, segundo boletim epidemiológico divulgado ontem, 27, pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa). É o primeiro caso suspeito em toda a 8ª Regional de Saúde. Em Palmas, três mortes de macacos infectados (epizootias) foram confirmadas.De acordo com o boletim, também foi registrado um caso suspeito no município de Cantagalo, que faz parte da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava.

MonitoramentoAté o momento, o Estado já registrou 104 notificações de epizootias em 23 municípios. Os casos são do período de monitoramento epidemiológico da febre amarela que teve início em julho de 2020 e segue até junho deste ano. 

Entre os casos, 14 mortes de macacos foram confirmadas pela contaminação do vírus da febre amarela, sete estão em investigação, 41 foram descartadas e 42 ocorreram por causas indeterminadas.Em relação à febre amarela em humanos, o período não apresenta casos confirmados. Foram 15 notificações — 11 já descartadas e 4 seguem em investigação.

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Capacitação
Para manter o monitoramento, a Sesa realizou, no final de dezembro — mês que inicia o período sazonal, época de maior proliferação do mosquito —, uma capacitação para técnicos das regionais de Pato Branco, Francisco Beltrão, Cascavel, Campo Mourão, Cianorte e Paranavaí. Estas áreas são consideradas prioritárias em relação à circulação viral de acordo com os corredores ecológicos traçados por pesquisas desenvolvidas pela Sesa com apoio do Ministério da Saúde.

Os profissionais foram orientados quanto à realização de coletas e envio de amostras de epizootias para laboratório e notificações em sistemas de informações como Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SissGeo).

“O monitoramento da morte de macacos é extremamente importante para que a Sesa possa mapear os caminhos por onde o vírus está circulando no Estado e adotar medidas de prevenção”, explica a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Pouzato.

Vacinação 
Devido ao Paraná ser considerado área de circulação viral, todos os casos são monitorados. “Os macacos servem como sinalizadores da doença, permitindo que os órgãos de saúde reforcem a importância da imunização com os moradores. Importante salientar que o macaco não é transmissor da febre amarela”, destacou a chefe da 8ª Regional de Saúde, Nadia Zanella.

Segundo ela, a presença do caso suspeito na região reforça a importância da vacinação. Em todo o ano passado, a cobertura acumulada de vacinação em crianças menores de 1 ano contra febre amarela ficou em 80,57%. Já o total de vacinados foi de 26.492 pessoas.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná orienta a vacinação contra a febre amarela dos 9 meses aos 59 anos. Segundo Nádia, pessoas não vacinadas devem buscar uma unidade de saúde. 

 

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