A afirmação é de Lizandra Felippi Czerniaski, durante a 2ª Caminhada pela Vida.
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Josane; Maria Clara, 3 anos; Pedro e a mãe Maria Augusta; Adilson; Ana Luíza; Marcos; Robert (dos Estados Unidos), do Interact; e Ana Clara levaram balões amarelos.
Fotos: Leandra Francischett/JdeB
O amarelo predominou no Parque Alvorada, na manhã de domingo, durante a 2ª Caminhada pela Vida, que encerrou as atividades do Setembro Amarelo, mês de prevenção do suicídio. A chuva não assustou os participantes. “É uma caminhada de gratidão pela vida. Sei que é simbólica; agradeci por estar aqui, porque isso significa que a gente superou muitas barreiras”, afirma Lizandra Felippi Czerniaski, coordenadora do grupo de teatro “Encenar para Integrar”, que é um projeto de extensão da UTFPR de Francisco Beltrão. Lizandra estava acompanhada do marido João e da filha Sofia, 8 anos. João comenta: “É um momento de mostrar que tem pessoas preocupadas com a vida dos outros. A caminhada motiva muitas pessoas a buscar ajuda e evitar o pensamento suicida”.
“O mês todo é uma forma de comemorar a vida. Fiquei emocionada por estar aqui com a minha família e amigos, celebrando este momento”, declara Kristiane Segatto Dias, que estava com o marido Cleonir e com os filhos Samuel e Lívia.
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Para psicóloga Maria Augusta Lage Gregório, esta mobilização é importante porque a sociedade ainda encara a depressão como fraqueza, falta de coragem e de iniciativa, sendo que o depressivo não tem controle e nem força, por isso é preciso uma rede de apoio, com tratamento psicológico e medicação, para evitar muitas tentativas de suicídio. “O meu maior inimigo é a minha doença”, destaca.
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Adilson Alves, professor e sociólogo, ressalta a importância da caminhada e de todas as atividades do Setembro Amarelo por colocarem em discussão um assunto que ainda não tem o destaque merecido.
Muitos ainda não tinham a dimensão do problema. É o caso de Fernando Sanchez, que perdeu um amigo por conta do suicídio: “Fiquei sabendo da campanha e daí soube de alguns suicídios que aconteceram em Beltrão. A caminhada é um início para conscientizar familiares de pessoas que estão passando por depressão”.
“Eu não tinha noção da quantidade de casos até a dra. Adriana (Busatto) falar. Eu trabalho com ela e o trabalho desenvolvido é lindo”, afirma Gisele da Silva, que estava com o marido Ederson Pereira da Silva.
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Atividades que continuam durante o ano
Para Adriana Busatto, voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), este é um momento de mobilização de todos numa campanha que não encerra dia 30 de setembro, mas que deve continuar todos os dias. “Escutar os outros, perceber que estão com problemas e auxiliar com a ajuda profissional.”
Messias Moreira, voluntário do CVV, observa que pequenas atitudes como esta motivam as pessoas a participarem mais de eventos que valorizem as relações humanas e a vida. “Temos um saldo positivo em termos de atividades, com a participação de escolas e universidades, além da divulgação dos serviços do CVV, como o número 188, ligação gratuita para todo o Brasil, as rodas de conversa e o Cine Ser, que são atividades que ficarão para o ano inteiro no calendário do CVV Francisco Beltrão.”
A promoção da 2ª Caminhada pela Vida foi do CVV, com apoio do Exército e da UTFPR-FB, tendo como convidados o Comitê Municipal de Saúde Mental e o Interact. Messias agradece a divulgação da imprensa, em especial o Jornal de Beltrão, Rádio Anawin e Rádio Onda Sul.
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