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sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Família de homem morto em acidente de trabalho doa órgãos

Rapaz de 29 anos faleceu no Hospital São Francisco; coração, fígado e rins foram doados.

 

Caixas térmicas onde foram acondicionados os órgãos para serem transportados a Curitiba.
Foto: Ana Carolina Bonatto/ arquivo pessoal

 

A família de um homem de 29 anos com morte cerebral constatada na sexta-feira, 27, no Hospital São Francisco, em Francisco Beltrão, decidiu pela doação dos órgãos do rapaz. Coração, fígado e rins foram coletados e enviados à capital.
Esta foi a primeira doação de órgãos do ano no hospital, que possui Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott). Também foi o primeiro caso no ano em que a coleta de órgãos foi possível. Em 2015, foram 13 notificações de morte encefálica, mas apenas uma delas resultou em doação.
A enfermeira Ana Carolina Bonatto, coordenadora da Cihdott no HSF, junto com toda a equipe do hospital, incentiva a doação para as outras famílias. Pois é a família que legalmente decide pela doação ou não dos órgãos. “Sem a família, não há doação e não há transplante. É um gesto de amor que irá fazer alguém sorrir, fazer a vida prosseguir. Como comissão, só conseguimos atuar diante da decisão da família, pra isso precisamos conscientizar as famílias em querer aceitar que esse sonho se realize, em fazer o bem sem olhar a quem, comentar com sua família sobre doação de órgãos”, celebra.
No Paraná, de acordo com dados da Central Estadual de Transplantes (CET), de janeiro a abril de 2016 foram 283 notificações de morte cerebral, 42 a mais que em 2015 (241). Neste ano, 100 casos já resultaram em doações e 183 em não-doação, a maior parte em função de recusa familiar (67 casos).
O diagnóstico de morte encefálica foi definido por dois exames clínicos feitos no Hospital São Francisco e exame complementar (arteriografia) feito em Pato Branco, no Hospital São Lucas.
“Depois de finalizado o protocolo de morte cerebral, o médico comunica a família e, após, a equipe da Cihdott faz a abordagem para doação de órgãos, que é a consequência do processo. A família acompanhou todo o processo, esteve presente em todos os momentos”, relata a enfermeira.
Entre janeiro e abril de 2016, o Estado realizou 196 transplantes, dos quais 7 foram de coração, 52 de fígado, 125 de rins e 12 de pâncreas.

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*Atualização: Diferente do informado, a definição da morte encefálica aconteceu por exames na Policlínica de Pato Branco.

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