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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Hospital de Campanha: de 42 pacientes, 38 receberam alta

Nenhum paciente foi entubado ou transferido para a UTI.

Nery Maria, Carlinhos Turatto e Nádia Zanella na inauguração do Hospital de Campanha.

Em duas semanas de atendimento, o Hospital de Campanha de Dois Vizinhos, instalado no Centro Integrado de Especialidades Microrregional (Ciem), já recebeu 42 pacientes. Desse total, 38 tiveram alta hospitalar. “Nenhum paciente precisou ir para o tubo ou foi transferido para UTI. O tratamento está sendo realizado com muito cuidado, muito zelo, o pessoal está adorando o atendimento, a equipe está sincronizada. Nenhum paciente veio a óbito no Ciem”, disse a secretária de Saúde, Claudete Meurer.

O médico Júlio Dias, que está coordenando o hospital, também enfatizou que todos os pacientes conseguiram ter boa evolução. “Ninguém foi transferido para UTI, ninguém foi entubado, ninguém morreu. Essa foi uma promessa que eu fiz. Nossa média de internação é de três dias, nós temos pacientes aqui de 20% até 90% do pulmão comprometido pela Covid-19, todos eles têm duas tomografias, de entrada e de saída, gasometria, exames e tratamento adequado que é o tripé do tratamento da Covid, além de ser muito humanizado. A faixa etária vai de 20 até 84 anos, dos internados, sendo que 50, 51 anos é o maior número de pacientes. São homens e mulheres que estão sendo tratados aqui”, explicou dr. Júlio.

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Diferenciais
O médico tem implantado um tratamento diferenciado, dando ênfase a pacientes entre o 7º e o 10º dia de sintomas de coronavírus. “Levamos em conta o primeiro dia do sintoma, não do exame. A gente chama o primeiro dia de sintoma de D1 e todos que estão entre o D7 e D10 são monitorados. Eu faço a teleconsulta com todos e a gente faz a triagem de quem precisa voltar para cá”, disse o dr. Júlio. O médico ressaltou que, sem esse atendimento, o paciente que era diagnosticado ia para casa e voltava apenas próximo ao 12º dia com sintomas agravados e a necessidade de entubação. “Existe uma distância grande entre o diagnóstico e o tratamento e, em alguns casos, acabava perdendo o contato com o paciente e quando ele voltava, já estava com 80% do pulmão envolvido”, disse.

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Equipamentos

Além do protocolo padrão de atendimento, o Hospital de Campanha disponibiliza diversas ferramentas para evitar que a doença se agrave. “A gente precisa fazer a ventilação não invasiva. A invasiva é o tubo e o respirador que é a última alternativa, e aí todo mundo sabe que a mortalidade é alta. Temos seis aparelhos de CPAP, que é um aparelho que faz pressão positiva e é usado em quem tem apneia do sono, que vai na tomada, não vai oxigênio, mas a gente faz a expansão pulmonar, ele fica deitado e a medicação na veia para desacelerar o processo inflamatório. Além disso, nós temos dois ‘BiPAPs’, um pouco mais modernos com cateter de alto fluxo que é a grande arma que temos, evitando a entubação em 97% dos casos e temos condições de atender três pacientes, caso eles passem por todas as fases anteriores e não melhorar. Utilizamos também muito a fisioterapia para auxiliar nossos pacientes”, acrescenta o dr. Júlio.


Chamando atenção

Na última quinta-feira, 17, uma comitiva do prefeito Robson Cantu (PSD), e vereadores de Pato Branco, visitou o Hospital de Campanha para conhecer o trabalho realizado no local para possível implantação na cidade vizinha.

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